Rocinha ganha reforço no policiamento a pé
Sem prazo para instalação da UPP, favela ainda convive com traficantes do terceiro escalão. PMs recém-formados começam estágio prático-operacional
Ocupada pela polícia há quatro meses, a favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio, ainda está sendo preparada para a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Ainda não há um prazo estabelecido, mas, até lá, todos os esforços são para acabar com a resistência do tráfico. Na manhã desta sexta-feira, 130 policiais militares recém-formados no curso de Polícia de Pacificação começaram a reforçar o patrulhamento a pé na região, como estágio prático-operacional.
Além de estreitar laços com os moradores, os novos policiais, lotados na Coordenadoria de Polícia Pacificadora, terão a oportunidade de acompanhar de perto o trabalho do Batalhão de Polícia de Choque, responsável pela segurança na Rocinha. Desde novembro, a unidade especial realiza uma média de uma prisão a cada 1,9 dias. Só esta semana, desde domingo, foram oito suspeitos presos, além da apreensão de sete pistolas, três revólveres e três granadas.
O patrulhamento a pé também contará com o reforço de homens do Batalhão Florestal, do Regime de Polícia Montada e do 23º BPM (Leblon). Esta é a nova estratégia da polícia para devolver a tranquilidade aos moradores, após recentes episódios de violência na Rocinha. Segundo a PM, traficantes do terceiro escalão ainda estão na favela.
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