A Prefeitura do Rio começa nesta quarta-feira uma corrida para recuperar a cidade e evitar que, em casos de chuva forte, haja mais estragos. Recuperar toda a cidade vai custar entre 200 milhões e 250 milhões de reais, afirmou o prefeito Eduardo Paes. Nessa conta, Paes inclui a recuperação de pavimentação, dragagem, obras em encostas e a construção de residências para os 4 mil desabrigados na capital.
Serão contratados 600 funcionários temporários para acelerar os trabalhos de desobstrução de 100 quilômetros de galerias pluviais e limpeza de 150 mil caixas de ralos – boa parte deles ainda entupidos pela lama e detritos que rolaram das encostas na chuva da semana passada.
O município também terá que arcar com a recuperação de 36 mil pontos de luz que foram danificados pelo temporal – o equivalente a 8% dos 430 mil pontos de iluminação pública administrados pela Rioluz. O prazo previsto pelo secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, é de 60 dias.
Morro dos Prazeres – O prefeito apresentou nesta terça-feira ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Zveiter, e ao Ministério Público Estadual o plano de reassentamento e indenização dos desabrigados. Por enquanto, o único destino decidido é o das mil famílias removidas do Morro dos Prazeres, onde morreram 30 pessoas, em Santa Tereza, e para as 500 do vizinho Morro do Fogueteiro.
Serão destinados a essas 1.500 famílias apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, que serão construídas no terreno do Complexo Penitenciário da Frei Caneca, demolido recentemente. A prefeitura vai arcar com as mensalidades do programa para os reassentados, o que deve custar R$ 12 milhões. Enquanto não têm moradia definitiva, as famílias removidas de áreas de risco no estado receberão um aluguel social no valor de R$ 400.
Mais um baque – Nesta terça-feira, a cidade sofreu mais um baque, com o fechamento por tempo indeterminado dos acessos ao Cristo Redentor e à Parque Nacional da Tijuca. Os gastos com as obras necessárias nos acessos ao Parque Nacional da Tijuca custarão aproximadamente 5 milhões de reais, segundo um levantamento preliminar da Geo-Rio, fundação municipal que monitora as áreas de risco geológico na capital.