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Restos de vítimas do franquismo exumados no sul da Espanha

Uma equipe de arqueólogos espanhóis localizou nesta sexta-feira os restos mortais de algumas das 125 vítimas do franquismo enterradas entre 1936 e 1949 em uma fossa comum da cidade andaluz de Teba, uma das maiores exumações até agora na Espanha. “Você não se acostuma nunca com a forma de encontrar os corpos, jogados”, reconhece Andrés […]

Por Jorge Guerrero
30 mar 2012, 14h53
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  • Uma equipe de arqueólogos espanhóis localizou nesta sexta-feira os restos mortais de algumas das 125 vítimas do franquismo enterradas entre 1936 e 1949 em uma fossa comum da cidade andaluz de Teba, uma das maiores exumações até agora na Espanha.

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    “Você não se acostuma nunca com a forma de encontrar os corpos, jogados”, reconhece Andrés Fernández, arqueólogo que trabalhou na maior fossa comum descoberta no país, em Málaga (sul), onde já foram exumados quase 3.000 esqueletos.

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    Em Teba, no interior de Andaluzia, a equipe de sete especialistas liderada por Fernández trabalha sob o olhar ansioso de cerca de 30 filhos de vítimas e dezenas de parentes.

    É “o testemunho dos familiares, que falam sem falar, que estão te observando, dizendo muitas coisas”, reconhece o arqueólogo.

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    Durante a guerra civil espanhola (1936-1939), a cidade ficou na linha de frente. Defendida pelos republicanos, ela caiu no dia 20 de setembro de 1936, segundo o arqueólogo.

    A fossa cavada então pelos falangistas e pelas tropas vitoriosas mede 25 metros de comprimento por dois de largura.

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    “Parece que abriram uma fossa grande prevendo que iam fuzilar muitas pessoas”, diz Fernández.

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    Os corpos continuaram sendo lançados à fossa durante mais de dez anos, até 1949. O auge foi a noite de 23 de fevereiro de 1937, quando 84 pessoas foram fuziladas, segundo as investigações da equipe, que ignora o que provocou a repressão.

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    Organizadas pela Associação para a Memória Histórica da cidade vizinha de Antequera, as escavações que começaram a ser realizadas no final de fevereiro e devem durar três meses, são financiadas por uma subvenção do governo de quase 60 mil euros.

    Segundo uma investigação realizada pelo juiz espanhol Baltasar Garzón, pela qual foi julgado e absolvido, 114 mil desaparecidos da Guerra Civil e da ditadura franquista (1939-1975) continuam enterrados nas fossas comuns da Espanha.

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