Relato sobre adoção publicado em rede social emociona a internet
Pai de primeira viagem, o fotógrafo Rafael Festa contou, em texto que gerou mais de 405 mil reações, como foi adotar menino de 10 anos
O relato do fotógrafo catarinense Rafael Festa sobre o processo de adoção de seu primeiro filho gerou mais de 405.000 reações no Facebook e emocionou boa parte das pessoas que leram seu texto. Ele e a esposa, Tatiani Ziegler, casados há oito anos, receberam essa semana a guarda provisória do filho, de 10 anos.
Rafael decidiu, então, usar a rede social para compartilhar a alegria e a emoção de ter o garoto nos braços. De acordo com a publicação do fotógrafo, foram oito meses de espera e aproximação do garoto, que não recebeu de imediato a notícia de que o casal estava dando entrada no processo de adoção.
“Quando tivemos a aproximação do nosso filho, fomos instruídos a não falar logo de cara que seria com a intenção de adoção. Primeiro, fomos com a intenção de apadrinhamento afetivo. É o que foi passado pra ele, porque ele tinha sido recém-abrigado na casa e, se falássemos sobre adoção, poderíamos causar uma repulsa naquele momento”, contou Rafael em um vídeo em que esclarecesse dúvidas sobre o tema, postado no Facebook.
Rafael, que chama a espera pelo filho de “gestação”, diz que a chegada do garoto, que de fato levou tempo semelhante ao de uma gravidez, foi um “parto prematuro”. A primeira conversa foi cercada de dúvidas e receios por parte do casal, que não sabia como iniciar o diálogo. Mas o menino mostrou-se receptivo e falante, o que fez com que a conversa fluísse naturalmente. “Nosso bebê nasceu com 1,44m, 40 quilos e… 10 anos. Não vimos nossa barriga crescer (exceto a minha, mas não por esse motivo), mas nosso peito já não aguentava mais de tanto aperto”, escreveu num trecho da publicação.
Não contar ao garoto que ele já era amado como um filho foi uma barreira que Rafael precisou vencer. “Tive que conter minha emoção para não contar a ele que queríamos adotá-lo, foi tudo no tempo dele”, disse. Para o casal, a espera pelo filho adotivo é semelhante à expectativa de ter um recém-nascido no berço.
“A correria para montar o quarto do nosso bebê foi a mesma, mas ele estava junto para opinar na decoração. Ao invés de pensar nas fases que perdemos, eu gosto de imaginar todas as coisas que já conquistamos e o que ainda vamos conquistar.” Em um vídeo, Rafael explica que o casal não tem nenhum problema que o impeça de gerar um filho de forma biológica, mas que a adoção tardia, de uma criança já crescida, se encaixaria melhor na rotina da família.
“Temos uma rotina um pouco complicada, não conseguiríamos dar atenção devida a um bebê.” Por essa razão, ele e Tatiani optaram por uma criança em uma faixa etária mais independente, que não necessitasse dos cuidados de um filho mais novo. De acordo com Rafael, o casal não descarta a hipótese de novas adoções.
Leia o relato na íntegra