Queiroga assume ministério da Saúde em cerimônia com portas fechadas
Líderes partidários e assessores próximos de Eduardo Pazuello foram pegos de surpresos; a amigos, Queiroga disse que não queria causar aglomerações
O presidente Jair Bolsonaro formalizou na manhã desta terça-feira a nomeação do médico cardiologista Marcelo Queiroga como o novo ministro da Saúde. Ele assume o comando da pasta no lugar do general Eduardo Pazuello no momento mais crítico da pandemia de Covid-19, com escalada no número de mortes pela doença, escassez de leitos de UTI e medicamentos para intubação.
A transição de poder se deu em uma cerimônia a portas fechadas no gabinete da Presidência da República, num momento em que a cúpula do Congresso voltou a ventilar a possibilidade de outros nomes para o ministério da Saúde. Nesta segunda-feira, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), participaram de reuniões com empresários, banqueiros e médicos para discutir mudanças na condução do governo federal na pandemia.
Queiroga vinha dizendo a pessoas próximas que não queria uma cerimônia de posse com pompa, pois poderia gerar críticas pelas aglomerações. A posse pegou de surpresa líderes partidários e os assessores mais próximos de Pazuello, que só ficaram sabendo da posse pela imprensa. O agora ex-ministro também foi informado de última hora sobre a nomeação do sucessor. Ele estava reunido com a sua equipe no Ministério da Saúde decidindo sobre as ações que iria apresentar na reunião agendada para esta quarta-feira, com a cúpula do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e alguns governadores aliados, quando foi chamado para ir ao Palácio do Planalto.
A expectativa era que Queiroga assumiria o ministério apenas na quinta-feira, dia 25. A posse dele foi formalizada em publicação no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira.