Quatro ônibus são incendiados em manifestação contra a prefeitura de Mauá
Veículos são de uma empresa contratada emergencialmente, depois que duas companhias que atuavam na cidade foram declaradas inidôneas
Quatro ônibus foram incendiados e outros três depredados na manhã deste sábado, durante manifestação contra medidas da prefeitura de Mauá, no estado de São Paulo, em relação ao transporte público municipal. Os veículos são da frota de empresa que iniciou operações neste sábado, em caráter emergencial, de acordo com informações no site da prefeitura. Apesar das ocorrências, o sistema de transporte da cidade está operando. Dos veículos incendiados, três foram queimados no Jardim Guapituba e um no Jardim Itapark, onde o fogo atingiu a fiação elétrica.
A contratação emergencial foi necessária, segundo informou o município em uma nota em seu site, porque as duas atuais concessionárias – Leblon e Viação Cidade de Mauá – foram declaradas “inidôneas” por fraude no sistema de bilhetagem, além de não cumprirem os contratos. A prefeitura ainda critica a falta de manutenção dos veículos por parte dessas empresas, alegando que a frota estava “sucateada e sem conforto para o usuário”, fora o não cumprimento dos horários.
As duas concessionárias foram multadas pela prefeitura: a Leblon recebeu uma autuação de 12 milhões de reais e, a Viação Cidade de Mauá, de 8,4 milhões de reais. A medida faz parte, segundo a Prefeitura, do projeto do novo sistema de transporte coletivo de Mauá, que será completado no primeiro trimestre de 2014, quando entrará em vigor a integração tarifária entre ônibus e trem, autorizada esta semana pelo governo do Estado de São Paulo.
Com a integração, o usuário pagará 5,50 reais e terá economia de um real por dia. O novo modelo proposto para a cidade também prevê a reforma do Terminal Central, a construção de um novo terminal e de paradas de ônibus, implantação de corredores exclusivos para coletivos, instalação de painéis eletrônicos para informar os usuáreios o tempo de espera para chegadas e partidas e ampliação do poder de fiscalização e gerenciamento do sistema.
(Com Estadão Conteúdo)