A campanha eleitoral sequer começou oficialmente, mas PT e PSDB já se preparam para travar uma guerra jurídica. Os presidentes dos dois partidos se reuniram recentemente em Brasília para discutir um eventual armistício durante o embate entre o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff na disputa pela Presidência.
Segundo a edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo, a conversa entre o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e do PSDB, Sérgio Guerra não surtiu efeito e a guerra judicial ganhou força. Para se ter uma ideia, nos últimos dias a campanha tucana ingressou com ações não só contra o PT, mas também contra o instituto de pesquisa Sensus e o sindicato dos professores de São Paulo (Apeoesp), que tem seu comando ligado ao PT.
Dessa forma, a coordenação jurídica de campanha das duas legendas já ganhou, em 2010, um status próximo ao dos marqueteiros. E a guerra se estende desde janeiro do ano passado, quando o PSDB impetrou a primeira de suas 12 representações contra o PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-ministra Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – a maioria por antecipação da campanha eleitoral.
Os petistas contra-atacaram justamente no reduto eleitoral de José Serra e, no mês passado, conseguiram, por meio da Justiça Eleitoral de São Paulo, suspender a veiculação de uma propaganda do PSDB na televisão, alegando que Serra fazia promoção pessoal ao falar no comercial sobre seguro desemprego.
O time jurídico tucano conta com o advogado Ricardo Penteado em parceria com escritório brasiliense de José Eduardo Alckmin. Já o PT terá, a princípio, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos como “consultor”. O mais cotado para assumir a vaga de gerente jurídico, responsável pela parte operacional, é Márcio Luiz Silva, que foi sócio de José Antonio Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-advogado do PT.