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Professor do Instituto Federal de SP faz post racista

O docente José Guilherme, do Instituto Federal de São Paulo, publicou relato discriminatório no Facebook; procurado, ele não foi localizado pela reportagem

Por Da Redação
Atualizado em 16 mar 2018, 11h37 - Publicado em 12 mar 2018, 14h02

Três dias após um episódio racista na Faculdade Getulio Vargas lançar luz sobre a problemática do preconceito racial, José Guilherme de Almeida, um docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP),  publicou em sua página no Facebook um relato discriminatório, causando revolta nos estudantes da instituição.

“Odeio pretos e pardos falando muito alto e comendo de tudo, por muito tempo, nos hotéis três estrelas de orla de praia”, diz um trecho do post. Procurado pela reportagem, o professor não foi localizado. O  IFSP alega que Guilherme não foi trabalhar hoje e que não tem permissão para fornecer contatos de servidores.

“Um café da manhã macabro, com tanta algazarra e gulodice. Alguém consegue comer carne de sol com cuscuz logo cedo, lotando o prato por três vezes? Eles conseguem, todos! Queria ser muito rico e ter o café no meu quarto sempre, nu e escutando Mozart”, escreveu.

Professor e pesquisador na Diretoria de Humanidades e atuante nas classes de licenciatura em geografia, José Guilherme apagou a postagem assim que começaram a surgir as primeiras ondas de revolta em sua rede social, mas o relato foi copiado e compartilhado. A atitude racista culminou em um protesto, organizado pelos próprios estudantes, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (12), no saguão do instituto.

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Procurado, o IFSP afirmou, em nota, que “repudia quaisquer formas de preconceito e discriminação dentro ou fora de seus muros, seja por parte de um servidor ou de outro cidadão” e enfatizou a existência de grupos de debates mantidos e frequentados por alunos e pela comunidade externa, que discutem temas ligados à representatividade. O IFSP disse que reconhece a gravidade dos fatos e que iniciou as apurações para esclarecer o ocorrido.

Após o episódio, o professor manifestou-se por meio de nota, em que pede desculpas e afirma sofrer de transtorno bipolar. “O professor José Guilherme de Almeida reconhece que realizou uma publicação infeliz em uma rede social no último dia 10, e afirma que imediatamente identificou seu erro, retirou a postagem do ar e postou uma mensagem se retratando pelo mal estar causado. O profissional tem mais de 30 anos de atuação na área de educação e sempre se envolveu com os debates sobre direitos de grupos historicamente excluídos. O educador já teve dois períodos de afastamento no ano de 2016, por conta de tratamentos psiquiátricos, e atualmente realiza acompanhamento de distúrbio bipolar. O professor José Guilherme está respondendo administrativamente por seu post e colabora para quaisquer esclarecimentos junto às autoridades, mais uma vez reiterando seu pedidos de desculpas a todos aqueles que possam ter se sentido ofendidos por sua postagem.”

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