Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Prisão de Cachoeira leva crise a Anápolis

Por Leonêncio Nossa, enviado especial Anápolis – Em Anápolis, 50 quilômetros ao norte de Goiânia e 150 ao sul de Brasília, a queda nas vendas do comércio não costuma ser associada à crise na Europa. Nas ruas e lojas da mais dinâmica economia do Centro-Oeste, a crise é chamada de Carlinhos Cachoeira. Foi a partir […]

Por Da Redação
10 jun 2012, 09h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por Leonêncio Nossa, enviado especial

    Publicidade

    Anápolis – Em Anápolis, 50 quilômetros ao norte de Goiânia e 150 ao sul de Brasília, a queda nas vendas do comércio não costuma ser associada à crise na Europa. Nas ruas e lojas da mais dinâmica economia do Centro-Oeste, a crise é chamada de Carlinhos Cachoeira. Foi a partir da prisão, em fevereiro, de Carlos Augusto Ramos, contraventor que começou aqui seus negócios na área de jogos eletrônicos, que o desânimo dos 5 mil comerciantes e lojistas aumentou.

    Publicidade

    “É só soltar o Cachoeira para o dinheiro voltar”, diz Sebastião Carlos do Couto, dono de uma banca de DVDs na Avenida Brasil, uma das principais. “Parece brincadeira, mas a crise do Cachoeira deu uma balançada. O pessoal está cismado. Acabaram os bares que tinham máquina de jogos e derrubaram os empregos”, relata. Ele diz que vendia antes da crise cem DVDs. Agora, vende 40.

    A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Anápolis registra uma queda de cerca de 30% nas vendas nos últimos três meses em relação ao mesmo período do ano passado. Ninguém se arrisca a associar esse porcentual de queda ao caso Cachoeira, mas o sentimento na cidade de 350 mil habitantes está mais perto de problema local que resultado de uma conjuntura internacional.

    Publicidade

    “Após a crise política, as pessoas ficaram com medo de gastar”, diz o comerciante Reginaldo Regis, dono de uma loja de máquinas de costura na cidade. “O caça-níquel dava emprego, movia a economia. Agora, queira ou não, o comércio de Anápolis e de toda as cidades próximas caiu”, avalia.

    Continua após a publicidade

    Nos primeiros dias após a prisão de Cachoeira, a Polícia Civil de Goiás apreendeu 1.801 máquinas caça-níqueis em Anápolis e nas cidades vizinhas. Açougues, padarias, salões de beleza tinham suas despesas de aluguel, água e luz pagas pelas máquinas, que ficavam escondidas nos fundos das lojas. Os comerciantes ficavam com 10% a 15% da arrecadação das máquinas. A maioria se acomodou.

    Publicidade

    A Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, resultou no fechamento de bares e lanchonetes que lucravam com os jogos na Praça do Bom Jesus e nas ruas em volta do terminal rodoviário, onde nos anos 1970 o então desconhecido cantor sertanejo Mirosmar de Camargo, agora Zezé di Camargo, se apresentava.

    Empresários da região ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo avaliam que a crise política, mesmo que atinja apenas o humor dos comerciantes, ainda deverá trazer mais desgaste para a imagem de Anápolis, que aposta no setor de logística e no comércio interestadual. Embora a CPI do Cachoeira instalada no Congresso não avance nas investigações da PF, os empresários dizem que ainda é incerta a situação do governo do Estado, por exemplo, nesse processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.