Dois presos morreram na rebelião iniciada na manhã deste domingo no presídio Dr. Antonio de Queiroz Filho, em Itirapina (SP), a 212 quilômetros de São Paulo, confirmou a Secretaria de Administração Penitenciária do estado. Um deles, segundo uma mulher mantida refém e liberada para falar com a imprensa, foi degolado.
Ela afirmou que viu um dos detentos carregando a cabeça de outro para mostrar ao diretor da prisão. Ao confirmar a morte dos dois presos, a secretaria responsável pela unidade prisional não esclareceu a circunstância das mortes. Pelo menos 68 visitantes, a maioria mulheres, crianças e idosos familiares dos detentos, são mantidos reféns desde às 11 horas de domingo. A Secretaria de Administração Penitenciária afirmou por meio de sua assessoria que não está claro se eles foram mantidos no presídio à força ou por vontade própria.
A testemunha liberada pelos detentos, mãe de um deles, declarou que o tumulto começou após uma mulher, que visitava o marido, ter sido barrada na revista que ocorre na portaria. Ele reclamou e deu início à confusão. Os presos então impediram os visitantes de deixarem a penitenciária.
A direção do presídio negocia a libertação dos reféns, com apoio da Polícia Militar – viaturas de toda a região de Rio Claro foram enviadas ao local, junto com um helicóptero da polícia. Os detentos exigem ampliação em uma hora do horário de visitas, que termina às 15 horas, e também reivindicam celulares, informa a PM.
Com capacidade para 210 presos, a penitenciária de Itirapina abriga atualmente 692 detentos no regime fechado, de acordo a Secretaria de Administração Penitenciária. Segundo a secretaria, a rebelião no presídio é a primeira registrada este ano no estado de São Paulo.