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Política, greve dos bancários fecha agências em todo o país

Presidente da CUT Rio afirma que a ideia é, após começar paralisação pela categoria, instaurar uma 'greve geral'

Por Rafaela Lara Atualizado em 6 set 2016, 17h22 - Publicado em 6 set 2016, 17h11
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  • Bancários de todo o país entraram em greve nesta terça-feira sob a alegação de que a categoria rejeitou a proposta de aumento oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Mas vídeos feitos nas redes sociais pelo presidente da CUT no Rio de Janeiro, Marcelo Rodrigues, deixam claro que a motivação da paralisação é política. Rodrigues afirma em suas transmissões que a greve se dá em protesto contra o presidente Michel Temer – a despeito dos transtornos que causa a milhares de brasileiros.

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    Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários, não há previsão para o fim da greve. “Essa vai ser a greve que dará início à greve geral no Brasil. Chamamos todas as categorias, vamos nos unir porque os direitos estão sendo retirados de todos”, disse Rodrigues. Em um vídeo postado ontem no Youtube, ele se refere ao presidente como “canalha” e recorre ao discurso do medo para incitar os trabalhadores contra Temer, dizendo que o governo já se prepara para “vender o pré-sal” e quer que homens e mulheres morram antes de se aposentar.

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    A paralisação ocorre em todo território nacional. Entre as reivindicações dos bancários estão reajuste salarial, reposição inflacionária de 5%, antecipação e reajuste na participação dos lucros, aumento do piso salarial, aumento do vale-alimentação, melhores condições de trabalho e plano de carreira.

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    As agências fechadas impedem a realização de qualquer serviço que necessite da ajuda de um funcionário do banco. E afeta, principalmente, idosos. É o caso da paulistana Lindinalva Siqueira, 63 anos, que precisou de auxílio no caixa eletrônico da agência Itaú da Avenida Faria Lima, em Pinheiros, mas não foi atendida. “Eu preciso de ajuda pra sacar dinheiro e agora não consigo. Atrapalha muito a vida da gente”, afirmou. Alguns funcionários afirmam que não concordam com a greve e, por isso, permanecem dentro das agências, trabalhando através de e-mail e telefone.

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    Na agência da Caixa Econômica, também localizada na Faria Lima, a situação não é diferente. A aposentada Juliana Marques, 67 anos, não conseguiu sacar sua aposentadoria devido a um problema no cartão. “O meu benefício caiu, mas meu cartão está bloqueado e não consigo sacar. Não concordo com essas greves, acho um desrespeito, um absurdo. Temos coisas para resolver e [os bancos] não podem parar assim”, afirmou.

    Outro aposentado, que estava de muletas, também não conseguiu atendimento na agência do banco Santander, localizada na mesma avenida. Segundo ele, greves e protestos são legítimos, porém não devem prejudicar o trabalhador que necessita dos serviços bancários.

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