Polícia retoma buscas pelo corpo da engenheira Patrícia Amieiro
Denúncias sobre presença de corpos em sítio na região do Itanhangá leva policiais, bombeiros e promotores ao local. Equipes usam radar para tentar detectar objetos enterrados
Policiais civis e promotores de Justiça voltaram a procurar, nesta terça-feira, o corpo da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida há quatro anos em um crime que chocou o Brasil. O carro da engenheira foi encontrado com marcas de tiros, caído em um canal que cruza a auto-estrada Lagoa-Barra. Apesar das suspeitas de que ela tenha sido assassinada por dois policiais militares, o corpo nunca foi encontrado. As buscas, agora, são em um sítio na região do Itanhangá, na zona oeste do Rio, local que seria frequentado por policiais militares.
Os trabalhos foram interrompidos no início da noite, mas devem ser retomados na manhã de quarta-feira. O Ministério Público informou que denúncias anônimas indicaram que o sítio seria uma espécie de cemitério clandestino, e que o corpo de Patrícia poderia estar no local.
Também participam da ação homens do Corpo de Bombeiros. As equipes usam uma espécie de radar que detecta objetos enterrados no solo. Até o fim da tarde, não haviam sido localizados corpos, mas os policiais apreenderam dois carros de luxo, duas armas, uma motocicleta e um computador, para averiguações.
A retomada das buscas foi determinada pelo juiz Fábio Uchôa, do 1º Tribunal do Júri da capital. Dois policiais militares respondem por crime de homicídio contra Patrícia. A engenheira está desaparecida desde 14 de junho de 2008.