Policiais do Batalhão de Choque mataram na noite de quinta-feira um homem em um tiroteio na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Segundo a versão da Polícia Militar (PM), o homem era um criminoso e foi baleado durante um confronto com seis homens fortemente armados. Ainda de acordo com a PM, o homem foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Rocinha, mas não resistiu aos ferimentos.
O confronto ocorreu no mesmo dia em que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou a retirada dos militares das Forças Armadas da favela. Os militares começaram se retirar da favela na manhã desta sexta-feira. A medida vinha sendo discutida entre o Comando Militar do Leste (CML) e as forças de segurança estaduais. Pesou a convicção de que a favela, após os choques entre criminosos iniciados no dia 17, está estabilizada, o que possibilitaria que os 950 oficiais e praças se retirassem.
Na Rocinha, teme-se que, com a saída das Forças Armadas, o confronto pelo domínio do tráfico recomece. É possível que os bandos ligados a Rogério 157 e ao seu rival, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que está no presídio federal de Rondônia, retomem os conflitos armados pelo domínio da região.
Normalidade
Aos poucos, os serviços na Rocinha vão voltando à normalidade. As escolas da rede municipal da região estão todas funcionando, segundo a Secretaria de Educação. O atendimento nos postos de saúde e Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) também voltou ao normal. Desde esta quinta-fira, equipes que haviam sido transferidas para outras unidades desde a semana passada voltaram a atuar na favela.
Segundo a Secretaria de Saúde, ações extras serão realizadas a partir desta sexta-feira. A Vigilância Sanitária circulará com veículos pela Rocinha para aplicar vacinas contra a raiva em cães e gatos. Além disso, técnicos do órgão ficarão em pontos fixos para emitir a licença sanitária de bares, restaurantes, padarias, salões de beleza, clínicas médicas e dentárias, pet shops e estúdios de piercing e tatuagem.
(Com Agência Brasil)