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Forças Armadas vão deixar a Rocinha nesta sexta, afirma ministro

Para Raul Jungmann (Defesa), situação na favela está estabilizada; militares iniciaram cerco ao local há uma semana após início de guerra entre traficantes

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h36 - Publicado em 28 set 2017, 21h05

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou nesta quinta-feira (28) que o Ministério da Defesa encerra nesta sexta-feira (29) o cerco à favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, iniciado na sexta-feira passada devido ao confronto entre grupos rivais pelo tráfico na comunidade. A medida vinha sendo discutida entre o Comando Militar do Leste (CML) e as forças de segurança estaduais. Pesou a convicção de que a comunidade, após os choques entre criminosos iniciados no dia 17, está estabilizada, o que possibilitaria que os 950 oficiais e praças se retirassem, segundo Jungmann.

“Sairemos possivelmente amanhã [sexta-feira, 29]”, afirmou. Mais cedo, o porta-voz do CML, coronel Roberto Itamar, afirmara que as Forças Armadas poderiam sair a “qualquer momento” da Rocinha. Segundo o coronel, todos os dias era avaliada essa possibilidade, “na medida em que a situação na Rocinha já está sendo normalizada”. As conversas sobre a saída dos militares ocorriam todos os dias e envolviam representantes de todas as forças que participam da operação integrada, segundo o oficial.

“O papel das Forças Armadas é ajudar na normalidade. A partir daí, as forças de segurança reassumem no dia-a-dia, como acontece, segue a vida. Se tiver algum problema, a gente volta”, disse.

Na Rocinha, teme-se que, com a saída das Forças Armadas, o conflito pelo domínio do tráfico recomece. É possível que os bandos ligados a Rogério 157 e ao seu rival, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que está no presídio federal de Rondônia, retomem os choques armados pelo domínio da região.

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Normalidade

Aos poucos, os serviços na Rocinha vão voltando à normalidade. As escolas da rede municipal da região estão todas funcionando, segundo a Secretaria de Educação. O atendimento nos postos de saúde e Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) também voltou ao normal. Desde esta quinta-fira, equipes que haviam sido transferidas para outras unidades desde a semana passada voltaram a atuar na favela.

Segundo a Secretaria de Saúde, ações extras serão realizadas a partir desta sexta-feira. A Vigilância Sanitária circulará com veículos pela Rocinha para aplicar vacinas contra a raiva em cães e gatos. Além disso, técnicos do órgão ficarão em pontos fixos para emitir a licença sanitária de bares, restaurantes, padarias, salões de beleza, clínicas médicas e dentárias, pet shops e estúdios de piercing e tatuagem.

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Outros locais

Enquanto as ações das forças de segurança diminuem na favela da zona sul, a busca por traficantes ligados a Rogério 157 foi intensificada em outras comunidades do Rio. Nesta quinta-feira, os batalhões de Ações com Cães (BAC), de Operações Especiais (Bope) e de Choque da Polícia Militar vasculharam as favelas Parque União e Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio.

No Parque União, o Batalhão de Choque prendeu dois suspeitos. Os policiais ainda apreenderam uma pistola calibre 9 mm, munições, 318 kg de maconha, duas granadas caseiras, um kit rajada, um casaco do Exército, uma farda, uma máquina de fabricação de ecstasy, quatro balanças de precisão e outros materiais. Uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas foi desativada.

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Na Nova Holanda, os policiais do BAC apreenderam dois fuzis M16, três réplicas de fuzil, uma pistola calibre 45 mm, duas réplicas de pistolas e mais de uma tonelada em drogas, achada com ajuda de um cão farejador. A maior quantidade era de maconha, mas foram encontrados ainda 260 pinos de cocaína, 165 pedras de crack, 65 trouxinhas de haxixe e uma de skank.

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