A Polícia Civil vai apurar se há outras vítimas do médico anestesista Giovanni Bezerra Quintella acusado do estupro de uma mulher pouco depois de uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Os investigadores têm informações de que ele também trabalhava em, pelo menos, três hospitais de ponta da Capital carioca. Quintella foi preso em flagrante por agentes comandados pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher, na madrugada de segunda-feira,11. A polícia foi acionada pela equipe médica que filmou o anestesista colocando o pênis na boca da paciente durante um procedimento de cesariana.
Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável cuja pena chega a 15 anos de prisão. Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que abriu um procedimento ético-disciplinar que pode resultar na cassação do profissional e, de imediato, suspendeu o médico devido à gravidade do caso. De acordo com as investigações, os funcionários do hospital já estavam desconfiados de que Quintella costumava aplicar uma superdosagem de sedativos nas grávidas exatamente para se aproveitar delas.
No domingo, 10, o anestesista já havia participado de outras duas cirurgias, sem que gravações pudessem ser feitas. Mas, quando a equipe foi convocada para o terceiro parto, os funcionários conseguiram esconder o telefone e flagrar o ato sexual praticado pelo anestesista contra a mulher que acabara de ter um bebê. Nesta tarde, os agentes ainda estão ouvindo depoimentos de outras testemunhas. A defesa do médico informou que só vai se pronunciar após ter acesso às investigações.