Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Polícia apura morte de mulheres em GO. E não descarta existência de serial killer

Força-tarefa foi criada para investigar os assassinatos em série. Vídeo da mais recente vítima pode ajudar a elucidar o caso

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h26 - Publicado em 5 ago 2014, 12h07

Uma sequência misteriosa de doze assassinatos de jovens mulheres com características parecidas fez a Polícia Civil de Goiás criar uma força-tarefa, com dez delegados, para apurar os crimes, todos ocorridos em Goiânia. Os investigadores não descartam a ação de um serial killer, mas suspeitam também que os crimes sejam resultado da ação de diferentes criminosos que agem da mesma forma. A última vítima, Ana Lídia de Souza, tinha apenas 14 anos e foi morta no sábado, em um ponto de ônibus, atingida com dois tiros no peito. A adolescente seguia para uma feira noturna de roupas, calçados e alimentos, onde trabalhava como ajudante em uma banca. Vídeo divulgado nesta terça-feira pela Polícia Civil de Goiás mostra o suspeito de matar a jovem correndo em uma motocicleta pouco após o crime.

A morte em local público, como aconteceu com a adolescente, é uma das características dos casos. Mas o fator principal de semelhança diz respeito ao assassino, que sempre está de capacete, em uma motocicleta de baixa cilindrada, descrita como vermelha ou preta, e de marcas diferentes. O homem se aproxima das vítimas e, em algumas vezes, pede um objeto como celular, ou não, depois atira e não leva nada, como aconteceu com Ana Lídia. No vídeo divulgado pela polícia, a jovem aparece caminhando em direção a um ponto de ônibus. Na sequência, uma motocicleta passa na direção de Ana Lídia. Pouco após o crime, a motocicleta passa em alta velocidade na direção oposta. Confira a seguir os vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=XKEHu_hMi8chttps://www.youtube.com/watch?v=w6cz1Z8h710https://www.youtube.com/watch?v=wq5HIgYkt4s

Prisões – Um dia após a última morte, em entrevista coletiva, o delegado titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios, Murilo Polati, reforçou que as investigações caminham para casos com motivações diferentes e múltiplos autores, mas a ação de um só passou a ser publicamente considerada. Ele chegou a dizer que 11 pessoas foram presas, suspeitas de envolvimento em algumas das 45 mortes de mulheres ocorridas este ano em Goiânia – das quais doze têm características parecidas. Também falou de crimes envolvendo drogas ou passionais, e que algumas das mortes podem ter sido organizadas por este motivo, mas propositadamente com características iguais aos outros casos, o que, para a polícia, seria para “desviar a atenção”.

Continua após a publicidade

Familiares de algumas das vítimas, como da garota Ana Lídia, discordam. Em entrevista à Televisão Anhanguera, a avó de criação de Ana Lídia, Ivone de Souza, destacou que a garota não tinha namorado, nunca se envolveu com drogas e muito menos tinha inimizades. O número de investigadores envolvidos na apuração destes doze casos foi dobrado pela Secretaria de Segurança Pública. Pelas redes sociais, pessoas estão se mobilizando para cobrar a elucidação rápida dos assassinatos e também repassando orientações às jovens como forma de mudanças de hábito e prevenção.

Além de acelerar as investigações e evitar o pânico, a Polícia deverá se desdobrar para evitar confusões ou tentativas de fazer justiça. Recentemente, um retrato falado de um dos suspeitos de envolvimento na morte de uma das doze jovens, disseminado em uma fotomontagem através de uma rede social, causou dor de cabeça para um consultor de vendas de Goiânia, que acabou tendo sua fotografiautilizada indevidamente junto à do motociclista suspeito, levando a crer que eram a mesma pessoa. Ele precisou denunciar o caso e se proteger contra possíveis justiceiros, andando sempre com familiares.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.