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PMs suspeitos de matarem 5 jovens no Rio viram réus

Policiais militares vão responder por cinco homicídios qualificados, fraude processual por terem modificado a cena do crime e posse de arma com numeração adulterada

Por Da Redação
18 dez 2015, 15h52

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia contra os quatro policiais militares acusados de terem assassinado cinco jovens em Costa Barros, Zona Norte do Rio de Janeiro, em 28 de novembro. Deste modo, os PMs Antonio Carlos Gonçalves Filho, Fabio Pizza Oliveira da Silva, Thiago Resende Viana Barbosa e Marcio Darcy Alves dos Santos tornaram-se réus no processo e responderão por cinco homicídios qualificados, fraude processual (por terem modificado a cena do crime) e posse de arma com numeração adulterada.

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O juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal da Capital, considerou que os depoimentos e as provas materiais colhidos no inquérito atendem aos pressupostos processuais e às condições para o exercício da ação penal. A decisão saiu na quarta-feira, mas só foi divulgada nesta quinta. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público na última segunda-feira e também incluía duas tentativas de homicídios, contra Wilkerson Luis de Oliveira Esteves e Lourival da Silva Fernandes. De acordo com o promotor Fabio Vieira dos Santos, que assinou a denúncia, elas só não se consumaram porque as investigações apontaram que Esteves dirigia uma motocicleta e conseguiu se distanciar dos atiradores.

Os jovens Roberto de Souza Penha, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, de 16, Cleiton Correa de Souza, de 18, Wilton Esteves Domingos Junior, de 20, e Wesley Castro Rodrigues, de 25 anos foram alvejados por trinta tiros a bordo do carro em que estavam, conforme mostraram os laudos periciais. De acordo com os documentos, os policiais militares atiraram 111 vezes contra o veículo. Parentes dos jovens contaram que eles tinham saído de carro na noite de sábado e foram atacados pelos policiais na volta para casa. O crime foi perto de uma favela conhecida como Morro da Lagartixa, na Estrada João Paulo, que cruza a Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso ao Rio.

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Os laudos também desmentiram a versão da Polícia Militar de que houve confronto com os jovens. Segundo os documentos, não havia vestígio de pólvora nas mãos das vítimas. Os disparos foram feitos de trás para frente e pela lateral direita do veículo.

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(Da redação)

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