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PM que prendeu manifestante Bruno Ferreira Teles responde por homicídio e agressão

Policial passou a ser investigado pelo Ministério Público por suspeita de irregularidade na prisão. Ficha do PM tem casos de agressão, homicídio e um auto de resistência - quando a vítima é acusada de ameaçar a vida do agente

Por Leslie Leitão 31 jul 2013, 16h26

Investigado pelo Ministério Público por suspeita de irregularidade na prisão de um manifestante, no dia 22 de julho no Palácio Guanabara, o policial militar Diego Luciano de Almeida tem em sua ficha passagens por lesão corporal e homicídio (fora de serviço) e uma morte registrada como “auto de resistência” – quando um criminoso ameaça uma autoridade policial. Almeida foi o responsável pela prisão de Bruno Ferreira Teles, acusado pelo PM de atirar um coquetel molotov contra a tropa que dava segurança ao palácio no momento em que acontecia a visita do papa Francisco.

Vídeos publicados nas redes sociais também desmentem a versão do PM, e um deles, obtido pelo site de VEJA, mostra o manifestante sendo detido sem nada nas mãos, em um momento em que não havia lançamento de explosivos.

Vídeo em poder da Polícia Civil desmente versão de PM sobre prisão de Bruno

A Polícia Civil tem quatro registros nos quais Diego Luciano de Almeida consta como autor. O primeiro deles, de setembro de 2008, é referente a uma troca de tiros e a uma briga, na qual Almeida também ficou ferido. Três pessoas ficaram baleadas na ocasião.

Outro registro, de novembro de 2012, é referente a um caso ocorrido por volta das 4 horas da manhã, no Cosme Velho, na Zona Sul. Almeida, à paisana, parou uma viatura da PM para comunicar que havia sofrido uma tentativa de assalto e que resistiu a tiros. Horas mais tarde, o próprio Almeida reconheceu, no Hospital Silvestre, o corpo de Jackson Luis da Silva Cordeiro como sendo de um dos assaltantes. A morte de Cordeiro foi causada por disparo de arma de fogo. A vítima não tinha passagem pela polícia – ou seja, perante a lei, não era um criminoso.

O último registro é de um auto de resistência, no qual uma pessoa morreu resistindo à prisão. Os registros atribuídos a Almeida têm ainda um caso de lesão corporal em acidente de trânsito, ocorrido em 2010.

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Manifestante – O Ministério Público arquivou, na segunda-feira, o inquérito aberto contra o manifestante Bruno Ferreira Teles por falta de provas. No dia seguinte, o caso foi encaminhado para a Auditoria Militar – divisão que investiga suspeitas de crimes cometidos por policiais militares, bombeiros e integrantes das Forças Armadas. “A promotora Janaína Vaz Candela Pagan considerou que as condutas do policial Diego Luciano de Almeida, que prendeu Bruno e o apontou como responsável por ter jogado o artefato explosivo, devem ser investigadas”, diz um comunicado do MP.

Para o MP, o depoimento do policial sobre o manifestante, isoladamente, não pode servir para indiciar o rapaz. A decisão da promotora foi embasada por uma perícia realizada em imagens de vídeo realizada pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP. Nas imagens, descarou o MP, Bruno não estava posicionado no local de onde os artefatos foram arremessados.

https://youtube.com/watch?v=c1VA3nwJIHM%3Frel%3D0

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