O megainvestidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta deixaram a carceragem da Polícia Federal, na zona oeste da capital paulista, pouco antes de 1 hora desta sexta-feira. Eles foram soltos em função de habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, na tarde de quinta — a liminar também ordenou a soltura de mais nove pessoas presas na Operação Satiagraha da Polícia Federal.
Além de Pitta e Nahas, foram beneficiados Fernando Naji Nahas, filho e funcionário de Nahas; Roberto Sande Caldeira Bastos, Antonio Moreira Dias Filho, Maria do Carmo Antunes Jannini, também funcionários de Nahas; e os doleiros Carmine Henrique, Carmine Henrique Filho, Marco Ernest Matalon, Miguel Jurno Neto e Lúcio Funaro. Miguel Jurno Neto, Fernando Naji Nahas, Lúcio Funaro e Marco Ernest Matalon não chegaram a ser presos pela PF.
O presidente do STF estendeu a Pitta, Nahas e os outros um nove habeas corpus concedido em favor de Daniel Dantas e sua irmã, Verônica, na noite de quarta-feira. Pela decisão, o ministro manteve os mesmos argumentos que utilizou para libertar o banqueiro do Opportunity. Ele considerou “desnecessária” a prisão dos suspeitos, pois não há ameaça às provas colhidas durante a operação da Polícia Federal. Dantas, contudo, já foi reconduzido à PF.
O banqueiro do Grupo Opportunity voltou a ser preso na tarde de quinta. Dantas havia sido solto no fim da madrugada, em São Paulo. O novo pedido de prisão de Dantas é referente não aos crimes investigados pela Operação Santiagraha, mas sim à suposta tentativa do banqueiro de evitar sua prisão. A tentativa de suborno de um delegado foi denunciada pelo Ministério Público. Dantas é acusado de corrupção ativa: ofereceu 1 milhão de dólares ao delegado.