Piloto avisou que pista de Congonhas era insegura

José Brosco afirmou ter entregue um relatório à diretoria de segurança de voo da TAM dizendo que a pista não estava segura para pousos em dias de chuva

Por Da Redação
8 ago 2013, 12h25

**1/23** Fonte na praça durante inauguração da Praça Memorial 17 de Julho no Campo Belo, São Paulo *(Mauricio Camargo/Futura Press/VEJA)*

**2/23** Aeronave da TAM sobrevoa a praça durante inauguração da Praça Memorial 17 de Julho no Campo Belo, São Paulo *(J. Duran Machfee/Futura Press/VEJA)*

**3/23** Malu Gualberto, esposa do Gerente da TAM Express, Antonio Gualberto Filho, morto aos 56 anos, presta homenagem durante inauguração da Praça Memorial 17 de Julho no Campo Belo, São Paulo *(Mauricio Camargo/Futura Press/VEJA)*

**4/23** Populares participam de missa durante inauguração do Memorial 17 de Julho, em homenagem às 199 vítimas do acidente do voo TAM *(Renato S. Cerqueira/Futura Press/VEJA)*

**5/23** Inauguração da praça Memorial 17 de Julho - Acidente com o voo 3054 da TAM *(Eduardo Knapp /Folhapress/VEJA)*

**6/23** Em Porto Alegre, amigos e familiares homenageiam as vítimas do acidente da Tam *(Eduardo Quadros/Fotoarena/VEJA)*

**7/23** Operários trabalham nos últimos preparativos do Memorial 17 de Julho, em homenagem as 199 vítimas do acidente com o Aribus da TAM *(Nelsno Antoine/Fotoarena/VEJA)*

**8/23** Operários trabalham nos últimos preparativos do Memorial 17 de Julho, que será inaugurado amanhã, em homenagem as 199 vítimas do acidente do voo TAM *(Nelson Antoine/Fotoarena/VEJA)*

**9/23** Parentes e amigos se emocionam durante ato em homenagem as vítimas do voo 3054 da TAM, realizado no saguão do aeroporto de Congonhas, em 2008 *(Nelson Antoine/Fotoarena/VEJA)*

**11/23** Em Porto Alegre, manifestantes com cartazes com nomes de vítimas da tragédia com o avião Airbus A-320, vôo 3054 da TAM, que se chocou contra um prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2007 *(Marcos DPaula/AE/VEJA)*

**12/23** Tapume cobrindo o local do acidente com o avião da TAM, que se chocou contra um edifício da empresa na Avenida Washington Luís, ao lado do Aeroporto de Congonhas *(Patricia Araujo/VEJA)*

**13/23** No dia seguinte, leitor observa jornais com notícias sobre o acidente *(Eraldo Peres/AP/VEJA)*

**14/23** Cauda do avião da TAM, que caiu perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo *(Leonardo Wen/Folha Imagem/VEJA)*

**15/23** Terminal de carga da TAM em chamas após acidente com Airbus da companhia perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo *(Carlos Pupo/AE/VEJA)*

**16/23** Bombeiros trabalham no resgate de vítimas do acidente com o avião Airbus A-320, da TAM, que se chocou contra um prédio da empresa *(Mauricio Lima/AFP/VEJA)*

**17/23** Bombeiros trabalham no resgate de vítimas do acidente com o avião Airbus A-320, da TAM, em 2007 *(Rickey Rogers/Reuters/VEJA)*

**18/23** Vista aérea do local do acidente com o Airbus da TAM, no Aeroporto de Congonhas *(Antonio Milena/AE/VEJA)*

**19/23** Acidente com o Airbus da Tam no aeroporto de Congonhas, em São Paulo *(Fernando Cavalcanti/VEJA)*

**20/23** Chamas do acidente com o Airbus da TAM, em 2007 *(Evelson de Freitas/AE/VEJA)*

**22/23** Chamas do acidente com o Airbus da TAM *(Vivi Zanatta/AE/VEJA)*

Em 16 de julho de 2007, um dia antes do acidente aéreo que matou 199 pessoas no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, a TAM foi informada por um piloto que a pista não oferecia segurança para pousos em dias de chuva. Meses antes, a pista do aeroporto havia sido liberada por uma desembargadora da Justiça Federal com base em um documento apresentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como se fosse uma norma oficial – o documento, na verdade, era só um estudo interno da agência.

As informações foram dadas nesta quarta-feira, por duas testemunhas de acusação ouvidas pela Justiça Federal durante audiência do processo que apura de quem é a responsabilidade pelo maior acidente aéreo da história do país: a queda do Airbus A320 que fazia o voo JJ 3054, da TAM. O Ministério Público Federal arrolou seis testemunhas, mas uma alegou estar doente e outra não foi localizada. Duas pessoas devem ser ouvidas nesta quinta-feira.

A audiência foi acompanhada pelos três réus. A ex-diretora da Anac, Denise Abreu, o vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de segurança de voo da companhia, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro estão sendo julgados por atentado contra a segurança do transporte aéreo. Se forem condenados, eles podem ficar presos por até doze anos.

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Após seis anos, réus por acidente da TAM serão julgados

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A desembargadora da Justiça Federal Cecília Marcondes disse nesta quarta que foi “enganada pela Anac” ao analisar um pedido de liberação da pista de Congonhas em fevereiro de 2007. Segundo Cecília, a Anac entregou à Justiça um estudo interno que previa a permissão dos pousos. O estudo não tinha validade, de acordo com a magistrada.

Na sequência, o piloto José Eduardo Batalha Brosco contou que, no dia anterior ao acidente, havia pousado em Congonhas e que tinha achado a pista insegura, pois chovia. O piloto disse que fez um relatório à diretoria de segurança de voo da TAM, que, segundo o MPF, não tomou providências.

“Temos muitas provas que mostram que os réus foram negligentes e imprudentes”, afirmou o procurador Rodrigo De Grandis, ao deixar a audiência. O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende os executivos da TAM, afirmou que não vê motivo para que a empresa esteja no banco dos réus. Segundo ele, a Infraero deveria ter sido responsabilizada pelo acidente, pois liberou a pista. O advogado de Denise Abreu não falou com a imprensa.

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(Com Estadão Conteúdo)