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PGR pede abertura de inquérito contra Pedro Paulo por agressão a ex-mulher

Caso foi revelado por VEJA em outubro do ano passado. Ministro Luiz Fux foi designado relator do caso no STF

Por Da Redação 12 fev 2016, 18h45
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  • O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de investigação contra o secretário executivo do Rio de Janeiro Pedro Paulo de Carvalho. Braço-direto do prefeito Eduardo Paes e virtual candidato à sua sucessão, o secretário agrediu a ex-mulher, Alexandra Marcondes Teixeira, em pelo menos duas ocasiões. O caso foi revelado por VEJA em outubro do ano passado. O processo foi protocolado de forma física e encaminhado para a relatoria do ministro Luiz Fux.

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    Em um inquérito amparado por laudo do Instituto Médico Legal (IML) relativo ao caso, ao qual VEJA teve acesso na íntegra, Pedro Paulo aparece como agressor. Pelo testemunho de uma babá e relatos da própria mulher, o secretário a teria agredido a socos e pontapés. A ocorrência policial foi registrada em 2010 e se refere a uma briga no final da tarde do dia 6 de fevereiro daquele ano, quando Pedro Paulo ocupava o posto de secretário da Casa Civil de Paes.

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    No relato à polícia, Alexandra conta que voltara “de surpresa” de uma viagem ao interior paulista para o apartamento onde vivia com Pedro Paulo. Sabia que ele não estava – tinha ido a Brasília com o chefe Paes. Ao chegar no local, um dúplex de frente para o mar da Barra da Tijuca, deu de cara com indícios de traição cometida na sua ausência: encontrou cabelos longos no ralo do chuveiro, duas taças de vinho — uma delas com marca de batom — e um sutiã que não era seu debaixo da mesa da cozinha. Alexandra contou que requisitou as imagens do circuito interno do condomínio e confirmou datas e horários de entrada e saída da misteriosa visitante.

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    No dia seguinte, por volta das 18h, Pedro Paulo voltou de viagem e Alexandra comunicou-lhe a decisão de pedir o divórcio. Aí começou a briga. Ela conta que Pedro Paulo a empurrou com força. Caída no chão, foi chutada várias vezes, recebeu um soco no olho esquerdo e um golpe na boca que lhe quebrou um dente. Por fim, segundo relata no inquérito, Pedro Paulo teria tentado sufocá-la.

    Ao tratar do caso em novembro do ano passado, Pedro Paulo afirmou que “foi um episódio único” e que jamais teve atitude do tipo com a atual mulher e os filhos. No entanto, um outro boletim de ocorrência, registrado em 2008 também por Alexandra Teixeira, narra que foi agredida em outra situação pelo então marido quando estava dentro de um carro. A filha, segundo ela, presenciou o fato. “..estava na companhia do marido e da filha em seu veículo, momento em que começaram a discutir. O seu marido Pedro passou a chamá-la de ‘vagabunda’, ‘piranha, ‘FDP’, culminando em agredi-la fisicamente, desferindo socos em seu corpo e rosto”, consta no boletim de ocorrência.

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    Agora, o pré-candidato à prefeitura da capital fluminense apresenta versão diferente do caso: afirma que em vez de agressor, é, na verdade, o agredido. A defesa dele entregou ao Ministério Público Federal dois documentos. Um deles é um vídeo em que Alexandra aparece dizendo que os golpes partiram dela e que o marido só reagiu. O outro é um laudo de perito particular contratado por Pedro Paulo que contradiz as conclusões daquele produzido pela Polícia Civil. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, abriu inquérito sobre o caso justamente para apurar o “giro radical” da história.

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