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PF prende Carlinhos Cachoeira em operação contra lavagem de dinheiro

Também são alvos de mandados de prisão o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish, e o empresário Adir Assad; mandados da Operação Saqueador são cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás

Por Da Redação
30 jun 2016, 07h20
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  • O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso nesta quinta em um condomínio de luxo em Goiânia (GO), na Operação Saqueador, deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal. Também são alvos de mandados de prisão o ex-presidente e o ex-diretor da construtora Delta, Fernando Cavendish (já considerado foragido), e Cláudio Abreu, respectivamente; e os empresários Adir Assad e Marcelo José Abudd.

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    Além dos cinco mandados de prisão, os agentes da PF cumprem vinte de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

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    Nesta quinta-feira, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra Cachoeira, Cavendish, Adir Assad e outras vinte pessoas por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro público. Segundo a denúncia, entre 2007 e 2012, a Delta teve quase a totalidade de seu faturamento (cerca de 11 bilhões de reais) oriundo de contratos públicos, em especial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Desse montante, diz a procuradoria, 370 milhões de reais foram “lavados” em repasses a dezoito empresas de fachada, que, por meio de contratos fictícios, dificultavam o rastreamentos do dinheiro. De acordo com as investigações, essas empresas eram criadas e geridas por Cachoeira, Assad e Abbud.

    O MPF ainda afirma que as transferências da Delta a essas companhias fantasmas tinham “aumentos significativos” em anos de eleição e que a maior parte desses 370 milhões de reais foi usado para o pagamento de propina a agentes públicos.

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    As investigações da PF duraram cerca de três anos e começaram a partir de documentos colhidos na CPI do Cachoeira, instaurada em 2012 e que também mirava em supostas irregularidades da Delta. Criada pelo PT para atacar instituições que investigaram o mensalão, a comissão passou a aterrorizar políticos depois de VEJA revelar que a construtora usava uma extensa rede de empresas-fantasma para pagar propina a servidores públicos e financiar ilegalmente campanhas eleitorais. Na ocasião, o esquema acabou derrubando o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que tinha envolvimento com Cachoeira e foi cassado.

    Segundo reportagem de VEJA, de dezembro de 2013, Assad, que já foi condenado na Lava Jato por lavagem de dinheiro, viu o seu faturamento crescer 574 vezes em quatro anos oferecendo um serviço valioso: corrupção e financiamento clandestino de candidatos. Entre os seus clientes, além da Delta, estão outras empreiteiras, bancos, consultorias e políticos.

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    (Da redação)

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