Pato da Fiesp retorna à av. Paulista após alta nos combustíveis
Mascote de sindicato da indústria, marcante durante o impeachment de Dilma, volta após decisão do governo de elevar impostos
Após o governo anunciar aumento de impostos nos combustíveis, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) voltou a convocar o pato amarelo inflável de cinco metros. O mascote, que ficou conhecido no governo Dilma Rousseff (PT), foi erguido às 4h desta sexta-feira em frente à fachada da federação, na Avenida Paulista, região central de São Paulo.
Além do pato no nível da calçada, a federação posicionou outro mascote, um pouco menor, em uma sacada no mezanino do edifício. Também foram distribuídos cerca de 300 patinhos aos pedestres na avenida.
Em nota divulgada pela Fiesp, o presidente da instituição, Paulo Skaf, diz que a federação mantém as suas convicções, “independentemente de governos”, e critica as medidas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho”, diz a nota.
O governo espera uma arrecadação extra de 10,4 bilhões com o aumento dos impostos PIS e Cofins sobre os combustíveis. Estipulada via decreto assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB), a medida tem como efeito mais significativo a alta da alíquota da gasolina de 38 centavos por litro para 79 centavos.