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Partidos escalam pitbulls para a CPI do Cachoeira

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 14h21 - Publicado em 12 abr 2012, 10h49

Por João Domingos

Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira deverá concentrar entre seus 22 titulares e 22 suplentes uma boa parte de congressistas acostumados a participar de investigações ou com experiência em CPIs anteriores. “Vou escolher meus pitubulls”, disse o líder do DEM, ACM Neto (BA), anunciando que o titular do partido na Câmara será o deputado Onix Lorenzoni (RS), que na CPI dos Correios, em 2005, teve uma participação barulhenta.

O PT vai na mesma linha. No Senado, o líder Walter Pinheiro (BA) planeja escolher os senadores Wellington Dias (PI) e José Pimentel (CE). Este foi ministro da Previdência; aquele, governador do Piauí por dois mandatos. No PSDB do Senado a escolha poderá recair no senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). Já na Câmara as opções estão entre os deputados Fernando Francischini (PR), que é delegado da Polícia Federal e teve e-mails interceptados por arapongas do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ou Nilson Leitão (MT), ex-prefeito de Sinop.

Embora não houvesse ainda um consenso para o texto final de convocação da CPI do Cachoeira, um esboço feito em comum acordo pelo Senado e pela Câmara indicava que as investigações poderão ser amplas, sobre agentes públicos e privados. Trata-se, na opinião dos líderes partidários, de uma “CPI complexa”. Ao contrário de outras, como a dos Anões do Orçamento, que investigava fraudes e corrupção no Orçamento da União, esta é ampla por natureza.

Desta vez, a CPI terá de investigar os tentáculos de Carlinhos Cachoeira em governos estaduais e nos Poderes Executivo e Judiciário – já se sabe que ele atuou em Goiás e Distrito Federal, mas há suspeitas de que tenha penetrado também e Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Santa Catarina. Quanto aos agentes privados, só a empresa Delta Construções S.A recebeu do governo federal R$ 4,13 bilhões de 2007 até agora.

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Havia um consenso entre os líderes partidários de limitar o tempo de investigação ao da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que apurou nos últimos três anos as ligações de Cachoeira com políticos, empresas e os outros poderes. Os líderes estudam ainda uma forma de reduzir o arco de investigações sobre a Delta, deixando que os parlamentares corram atrás apenas das menções à empresa que aparecem nos grampos da PF. Caso contrário, acham que não haverá limites, porque a companhia está em toda parte.

“Eu disse para o presidente José Sarney que desse jeito ninguém sabe o que vai acontecer. Não haverá limites para essa CPI”, disse o senador Delcídio Amaral (MS), que em 2005 foi presidente da CPI dos Correios, criada para investigar o escândalo do Mensalão. Ao encerrar os trabalhos, a CPI pediu o indiciamento de 40 pessoas, entre eles toda a cúpula do PT, do PP, do PR, além do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (SP).

Ficou combinado entre senadores e deputados que a coleta de assinaturas para a abertura da CPI será feita pelos líderes de todos os partidos. “Isso será muito fácil”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). “É só pegar o plenário cheio para coletarmos as assinaturas”. A intenção das direções do Senado e da Câmara é abrir a CPI na semana que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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