Paralisação do metrô continua em cinco capitais
Estão em greve os metroviários de Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal. Segundo sindicato, pelo menos 500.000 usuários foram afetados. São Paulo e Porto Alegre também podem aderir à paralisação
A greve do metrô continua nesta quinta-feira em Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal, com a possibilidade de ser acatada pelos metroviários de Porto Alegre e São Paulo, segundo informações do presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Paulo Roberto Veneziane Pasin. Parados há quatro dias, os metroviários são contra a decisão do Governo Federal de negar reajuste salarial para a categoria. Nas cinco cidades que já estão em greve, o sistema é administrado pela Companhia Brasileira de Transporte Urbano (CBTU), empresa ligada ao Ministério das Cidades.
De acordo com Pasin, os metroviários de Belo Horizonte continuam cumprindo a determinação da Justiça que obriga o funcionamento dos trens durante o horário de pico, com o objetivo de minimizar a quantidade de pessoas atingidas pela paralisação. Eles estão em greve desde segunda-feira.
A capital de Pernambuco, Recife, aderiu ao movimento um dia depois de Belo Horizonte e segue com 100% da frota paralisada, assim como Maceió, João Pessoa e Natal. “O quadro permanece o mesmo, pois o Governo Federal ainda não abriu nenhum canal de negociação com os sindicatos”, afirmou o presidente da Fenametro. Ele confirmou que a última reunião do sindicato com a CBTU aconteceu dia 8 de maio.
Com a paralisação nas cinco capitais brasileiras, 500.000 usuários foram afetados, sendo 420.000 apenas em Belo Horizonte e Recife. Segundo Pasin, caso o governo insista no reajuste salarial de 0%, os metroviários de Porto Alegre também podem aderir à paralisação.
São Paulo – Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, os metroviários de São Paulo prometeram entrar em greve no dia 23 de maio, próxima quarta-feira. A decisão foi tomada após o Metrô rejeitar a reivindicação salarial apresentada pelo Sindicato dos Metroviários. A categoria exige reajuste de 5,13% e aumento real de 14,99%.
A companhia, segundo o sindicato, ofereceu 4,15% de reajuste. Já o Metrô informa que a proposta é de 4,65% (4,15% pelo índice IPC/Fipe e 0,50% de aumento real), a partir da data-base de 1º de maio. As negociações foram interrompidas por causa da colisão entre duas composições na Linha 3-Vermelha, que deixou mais de 40 feridos.
A ocorrência, no entanto, não encerrou o movimento dos trabalhadores. A reunião da categoria ocorreu na sede do sindicato, no Tatuapé, Zona Leste da capital. Na noite da próxima terça-feira haverá uma nova reunião, para analisar uma eventual contraproposta do Metrô. Em nota, a companhia informa que vai entrar com uma medida cautelar inominada para garantir a prestação de serviços.
(Com Agência Estado)