A Polícia Civil acredita que uma das vítimas da chacina na sede da torcida organizada do Corinthians Pavilhão Nove, no último sábado, estivesse envolvida em uma disputa por ponto de venda de drogas. De acordo com o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), uma das mais fortes linhas de investigação do caso aponta que essa vítima fosse o alvo dos bandidos que invadiram o galpão e executaram oito pessoas. Os investigadores apuram ainda se uma facção criminosa teria ordenado o crime.
O delegado não informou o nome da vítima que teria ligação com o tráfico. A polícia já identificou dois suspeitos de envolvimento no caso. Segundo testemunhas, três homens armados invadiram o local e executaram as vítimas.
De acordo com informações da Polícia Militar, sete das oito vítimas foram encontradas mortas no local. Uma oitava pessoa, que também foi baleada, foi encaminhada ao Hospital das Clínicas pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e também morreu. A polícia fala em chacina porque as vítimas foram encontradas deitadas próximas umas das outras – todas baleadas na cabeça.
Dos oito mortos, segundo a Secretaria de Segurança Pública, quatro tinham passagem pela polícia. Um deles é Fábio Neves Domingos, 34 anos, um dos doze torcedores presos em Oruro, na Bolívia, após a morte do torcedor Kevin Spada, em 2013. Spada foi morto por um sinalizador durante um jogo entre o Corinthians e o San José, válido pela Taça Libertadores da América. Domingos tinha passagem pela polícia por associação ao tráfico de drogas. Ricardo Júnior Leonel do Prado, 34 anos, tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas, desacato e corrupção de menores. André Luiz Santos de Oliveira, 29 anos, por tráfico e Mydras Schmidt Rizzo, 38 anos, por roubo. Também morreram na chacina Marco Antônio Corassa Júnior, 19 anos; Matheus Fonseca de Oliveira, 19 anos; e Jhonatan Fernando Garvillo Massa, 21 anos.