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Operários paralisam obras de Belo Monte

Manifestantes bloquearam o único acesso às obras e só permitiram a entrada de cerca de 850 trabalhadores que exercem funções essenciais

Por Valmar Hupsel Filho
23 abr 2012, 13h31
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  • Cerca de 7.000 trabalhadores dos cinco canteiros de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), voltaram a paralisar as atividades no início da manhã desta segunda-feira. Eles reivindicam melhorias nas condições de trabalho, como o aumento do valor do vale-refeição, e a redução do prazo em que têm autorização para visitar os familiares.

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    Maior obra a ser feita no país e uma das estrelas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a usina de Belo Monte terá capacidade para produzir 11.233 MW quando estiver pronta. A energia garantida, isto é, a que estará disponível para consumo, será de 4.571 MW médios, o suficiente para abastecer Belém por um ano.

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    Por volta das 6 horas desta segunda-feira, os grevistas bloquearam o quilômetro 27 da rodovia Transamazônica, único acesso às obras, e só permitiram a entrada de cerca de 850 trabalhadores que exercem funções essenciais, como manutenção, segurança e atendimento em postos de saúde. Os ônibus com o restante dos funcionários tiveram que retornar a Altamira. Não foram registrados casos de violência.

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    De acordo com o vice-presidente do sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada do estado do Pará (Sintrapav), Roginel Gobbo, a greve, por tempo indeterminado, foi decidida em assembleia realizada na última quinta-feira.

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    Negociações – Dois pontos travaram as negociações entre empregados e empregadores. Os trabalhadores querem aumento do vale-refeição dos atuais 95 para 300 reais e não aceitaram a proposta da empresa, de 110 reais. Também reivindicam a redução do prazo que têm para visitar suas famílias com os custos pagos pela empresa. Atualmente, são nove dias a cada seis meses. Os grevistas querem reduzir este prazo para três meses sem que sejam descontados dias de férias.

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    Estas duas contra-propostas foram rejeitadas pelo Consórcio Construtor da Usina de Belo Monte. Por meio de sua assessoria de imprensa, o consórcio informou que diversas reivindicações já foram atendidas antes da database da categoria, que é em novembro. E informa que as negociações com os trabalhadores se encerrou na última quinta-feira, quando foi aprovado o início do estado de greve.

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    Esta é a terceira paralisação dos trabalhadores da Usina de Belo Monte em cinco meses. Em março deste ano e em novembro de 2011, os funcionários também cruzaram os braços, ambas por sete dias, para reivindicar por melhorias das condições de trabalho. Segundo o consórcio, as paralisações não atrapalham o andamento das obras, as principais o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) porque tiveram curta duração e por não terem atingido a totalidade dos trabalhadores.

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