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Operação em favelas do Rio chega ao quinto dia com 86 presos e oito mortos

Forças Armadas fazem operação nos Complexos da Penha, Alemão e Maré desde segunda-feira

Por André Siqueira Atualizado em 24 ago 2018, 15h00 - Publicado em 24 ago 2018, 14h33
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  • Em cinco dias de operações nos Complexos da Penha, Alemão e Maré, no Rio de Janeiro, as Forças Armadas já prenderam 86 pessoas e apreenderam 53 armas e aproximadamente 1,5 tonelada de drogas, segundo levantamento do Comando Militar do Leste (CML). Outros dois menores foram apreendidos.

    Os dados foram divulgados pelo CML na manhã desta sexta-feira. Das 53 armas apreendidas, foram quinze fuzis, 27 pistolas e onze granadas de mão. Houve, ainda, apreensão de 4 742 munições, 85 carregadores de celular, oito celulares, 27 cadernos de anotações do tráfico, oito uniformes camuflados, três coletes balísticos,  treze radiocomunicadores e 41 barricadas retiradas. Até esta sexta-feira, foram oito mortos, sendo cinco suspeitos civis em decorrência de tiroteio, e três militares do Exército.

    Militares do Exército mortos

    O primeiro membro do Exército morto no contexto da intervenção federal foi o cabo Fabiano de Oliveira Santos. Ele foi ferido no ombro e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

    A segunda vítima militar foi confirmada pelo Comando Militar do Leste (CML) na noite de segunda-feira 20. Trata-se do soldado João Viktor da Silva, de 21 anos, atingido por um tiro na cabeça, no fim da tarde, durante confronto no interior do Complexo da Penha. A terceira vítima, o soldado Marcus Vinicius Viana Ribeiro morreu nesta quarta-feira, após ser baleado na perna na última segunda-feira 20.

    Estes foram os três primeiros militares do Exército mortos desde o início da intervenção federal no estado, decretada pelo presidente Michel Temer, em fevereiro.

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    Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo na quarta-feira 22, o apoio à presença do Exército nas ruas do Rio de Janeiro para combater a violência caiu 13 pontos porcentuais desde o início da intervenção.

    Em março, quando o instituto fez a pesquisa logo após a adoção da medida, 79% dos entrevistados se diziam a favor da ação das Forças Armadas no Rio; desta vez, o número foi de 66%. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 21 de agosto, e ouviu 542 moradores da cidade do Rio de Janeiro com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 4 pontos porcentuais para mais ou para menos.

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