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ONGs ligadas a sem-teto tentam evitar pressão contra ocupações

Preocupados com repercussão do acidente no movimento de moradia, dirigentes discutem como neutralizar eventuais pressões contra as ocupações

Por Da Redação Atualizado em 2 Maio 2018, 14h52 - Publicado em 2 Maio 2018, 09h23

Mais de 30 entidades e ONGs relacionadas ao movimento dos sem-teto decidiram mobilizar moradores em ocupações de São Paulo para protestos e vigílias de pressão a autoridades municipais e solidariedade aos desabrigados com o desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Um ato foi marcado para a próxima terça-feira ,8, quando a tragédia completará uma semana.

A decisão foi tomada ainda na terça em uma tensa reunião de emergência na Ocupação São João, a menos de duas quadras do local onde o prédio desabou durante um incêndio. Enquanto os bombeiros trabalhavam perto dali, e preocupados com a repercussão negativa do acidente no movimento social de moradia, os dirigentes discutiram iniciativas para neutralizar eventuais pressões contra as ocupações.

Estavam presentes representantes da União dos Movimentos por Moradia, Frente de Luta por Moradia (FLM), Central de Movimentos Populares, MTST, Movimento Terra Livre e moradores da Ocupação São João, uma invasão de 2010 que já teve mais de oitenta famílias, mas hoje abriga 77. Segundo Osmar Borges, da FLM, o movimento tem “quinze módulos de ocupações e mais de 4.000 moradores cadastrados”.

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Desocupação e aluguel

Moradores que pertencem ao Movimento Luta por Moradia Digna (MLMD) relataram que pagavam aluguel para morar no prédio que desabou. Ao menos 120 famílias viviam irregularmente no imóvel da União ocupado, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Segundo relatos de moradores ligados ao movimento, o custo de viver no local variava entre 350 e 500 reais por mês.

Pelo menos 428 pessoas de 169 famílias foram cadastradas pela prefeitura de São Paulo para encaminhamento de abrigos municipais — segundo o município, 45 pessoas aceitaram ser encaminhadas. A Secretaria Municipal de Habitação atuava na desocupação do local porque esperava pelo processo de reintegração de posse previsto pela Secretaria de Patrimônio da União.

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Assim que fosse desocupado, o imóvel seria cedido à prefeitura. Entre fevereiro e abril, a Secretaria de Habitação teria feito seis reuniões com as lideranças da ocupação para esclarecer a necessidade da saída dos moradores do prédio, por conta do risco e da ação judicial.

(Google Earth/VEJA)

(com Estadão Conteúdo)

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