Ondas causam destruição na orla do Leblon e em Niterói
Surfistas aproveitam a ressaca para praticar nas águas da Baía de Guanabara
Para assistir, de preferência a uma distância segura, a ressaca que atinge a orla do Rio é um espetáculo. Mas a força do mar, depois dos esguichos e da espuma, deixa um rastro de estragos pelas amuradas e pelo calçadão. A previsão é de que as fortes ondas de até 2,5 metros que atingem as praias da capital fluminense e de Niterói continuem até a quinta-feira. Nesta quarta-feira, a ressaca derrubou parte das grades do Mirante do Leblon, depositou muita areia na Avenida Atlântica, em Copacabana, e danificou a pavimentação na Praia das Flechas, em Niterói.
De positiva, só a improvável reunião de surfistas na Baía de Guanabara. A Praia das Flechas, continuação da praia de Icaraí, em Niterói, amanheceu coalhada de atletas com pranchas que tentam aproveitar a elevação do mar em uma parte da baía tradicionalmente mansa. Para surfar na baía vale até aturar as águas nada limpas e o frio.
Parte do Mirante do Leblon precisou ser isolada, devido ao risco de acidentes na parte danificada da grade de proteção. O risco para as embarcações levou à interrupção do tráfego dos catamarãs entre a Praça 15, no Rio, e a estação Charitas, em Niterói.
Do outro lado da Baía, o trânsito na Praia das Flechas teve de ser interrompido. A cada nova investida das ondas, a água varre o calçadão e as faixas de rolamento, atingindo até a portaria dos prédios da frente marítima.