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Onda de ataques pode mudar o cronograma de ocupação de favelas

O Bope - tropa de elite da PM - entrou hoje no violento Complexo do Alemão, que pode ter pacificação antecipada

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 nov 2010, 20h28

Os ataques promovidos pelo tráfico podem causar uma mudança no cronograma das favelas a serem ocupadas de forma permanente pela Polícia Militar, através de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O relações públicas da PM do Rio de Janeiro, coronel Lima Castro, disse nesta quarta-feira que existe a possibilidade de pacificar o Complexo do Alemão, na zona Norte, antes da data planejada. Hoje, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) invadiu esse conjunto de favelas como medida para conter a onda de terror no Rio.

O Complexo do Alemão é onde há uma das maiores resistências do tráfico. Pacificá-lo significa dar fim a uma das frentes mais violentas dos criminosos, numa operação desafiadora. São 12 favelas, numa área de 1,8 milhão de metros quadrados, onde vivem cerca de 80 mil pessoas. Foi lá que se realizou a primeira grande operação do governo de Sergio Cabral, quando 19 bandidos morreram.

“O Alemão terá a sua hora de receber uma UPP. Temos o Bope atuando naquela área. Temos capacidade técnica de tomar, manter e pacificar”, disse Lima Castro. O primeiro passo antes de se instalar uma unidade de polícia pacificadora é a ocupação do grupo de elite da PM, que, primeiro, “limpa” a região para permitir a permanência de policiais militares. “Sempre anunciamos que as UPPs chegariam a todas as localidades. Com situações como essas, pode acontecer (de antecipar a chegada ao Complexo do Alemão)”, afirma, lembrando no entanto que a decisão depende da Secretaria de Segurança Pública.

Nesta quarta-feira, na Vila Cruzeiro, uma das favelas do complexo, uma tonelada de maconha e quatro fuzis foram apreendidos. De acordo com Lima Castro, essa favela, onde foi morto o jornalista Tim Lopes, em 2002, é “o lugar mais violento do Rio de Janeiro”.

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No mesmo local, um “caveirão” – veículo blindado da Polícia Militar – teve o pneu furado por um artefato. “Não começamos essa guerra, mas provocaram para que entrássemos nela. E vamos sair vitoriosos, podem ter certeza disso. Se demorar dois dias, ótimo; se demorar 10 dias, não tão bom; se demorar 30 dias, temos capacidade técnica, quantidade de homens e de alimentação”, diz Lima Castro.

O relações públicas reforçou o pedido do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, para que a população mantenha a calma e não mude a rotina.

O policiamento foi reforçado no Rio e conta hoje com um efetivo de 17.500 homens nas ruas. A quantidade de policiais em UPPs também aumentou. “As tropas de UPPs também estão avisadas para reforçar o policiamento. Nós reforçamos de todos os lados”, afirma o coronel.

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