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Oito bombeiros são indiciados por incêndio na boate Kiss

Comandante da Brigada Militar do Rio Grande do Sul vai decidir em 15 dias se os casos serão encaminhados para julgamento na Justiça Militar Estadual

Por Da Redação
12 jun 2013, 17h41
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  • A Brigada Militar do Rio Grande do Sul indiciou nesta quarta-feira oito bombeiros pelo incêndio ocorrido na boate Kiss, na cidade de Santa Maria. Eles foram responsabilizados no inquérito policial militar realizado pelo órgão para investigar a culpa dos bombeiros em falhas na vistoria e nas ações de prevenção da casa de shows e no trabalho de combate ao fogo e socorro à tragédia, que deixou 242 mortos. O Comando-Geral da Brigada Militar tem 15 dias para decidir se encaminha os bombeiros como indiciados para a Justiça Militar Estadual.

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    O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, vai analisar os autos neste prazo. Fernandes vai revisar o inquérito e pode concordar, discordar ou solicitar outras diligências para só depois comunicar sua decisão à Justiça Militar.

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    Responsável pela coordenação do inquérito, o coronel Flávio da Silva Lopes concluiu pelo indicamento do então comandante do 4º Comando Regional de Bombeiros (4º CRB), o tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, por “condescendência criminosa”, de acordo com o artigo 322 do Código Penal Militar. Fuchs pode ser condenado a até seis meses de detenção. O sargento Roberto Flávio da Silveira e Souza foi enquadrado por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão ou atividade e pode ser detido de um a três anos.

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    Outros seis bombeiros, todos da Seção de Prevenção a Incêncio do 4º CRB, foram indiciados por “inobservância da lei, regulamento ou instrução”, de acordo com o artigo 324 do Código Penal Militar: capitão Alex da Rocha Camillo, sargento Renan Severo Berleze, sargento Sérgio Roberto Oliveira de Andrades, soldado Marcos Vinícius Lopes Bastide, soldado Gilson Martins Dias e soldado Vagner Guimarães Coelho. Eles podem ser detidos por seis meses ou suspensos do cargo por até um ano.

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    De acordo a Brigada Militar do RS, os investigadores ouviram 699 pessoas (44 bombeiros) entre 30 de janeiro e 10 de junho. O inquérito reuniu 35 volumes e 7.000 páginas.

    Incêndio – A tragédia da boate Kiss ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. O fogo começou após um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na casa, utilizar um sinalizador durante o show. A faísca emitida pelo objeto atingiu a espuma que revestia o teto para o isolamento acústico do local. O material entrou em combustão e soltou uma fumaça tóxica. A Polícia Civil gaúcha apurou que o sinalizador utilizado era inadequado para ambientes internos e que a espuma era altamente inflamável. O fogo e a fumaça provocaram 234 mortes no local, a maioria por asfixia – os demais morreram enquanto estavam internados em hospitais.

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