(Embargada até as 8h do sábado de Brasília)
Washington, 29 out (EFE).- O presidente americano, Barack Obama, criticou neste sábado os republicanos de bloquear seu plano de emprego e pediu que se deixe de ‘jogos políticos’ para tomar medidas decisivas de estímulo da economia.
‘As famílias de classe média que estiveram lutando durante anos estão cansadas de esperar. Necessitam de ajuda agora. Portanto se o Congresso não age, eu o farei’, assegurou Obama em seu discurso radiofônico semanal.
Por isso, o presidente americano insistiu em sua intenção de tomar diversas iniciativas presidenciais para evitar a passagem pelo Congresso dividido, cuja Câmara está controlada pelos republicanos enquanto o Senado conta com maioria democrata, perante a urgência de tomar medidas para impulsionar a economia.
‘Nossos problemas econômicos vão ser durante décadas e não se resolverão da noite para o dia. Mas há passos que podemos tomar agora para oferecer de novo emprego aos cidadãos’, disse o presidente americano.
Obama apresentou no início de mês um plano de emprego ao Congresso, avaliado em US$ 447 bilhões e que inclui tanto um aumento do gasto público como um aumento na renda, mas que foi rejeitado pelos republicanos.
‘Atualmente o Congresso pode passar um sensato conjunto de propostas de emprego que economistas independentes asseguram que impulsionarão rapidamente a economia’, acrescentou.
O presidente, além disso, se referiu a um recente estudo que afirma que a desigualdade nos EUA cresceu nas últimas décadas, de modo que as rendas mais altas aumentaram notavelmente, enquanto as rendas médias se estagnaram.
‘Os Estados Unidos estão melhor quando todo mundo tem a oportunidade de avançar, não só aqueles na parte alta da escala de renda. Quanto mais americanos prosperem, mais prosperarão os Estados Unidos’, precisou.
Os republicanos se opuseram ao plano de Obama, já que consideram que aumentar os impostos das rendas mais altos desincentivará o investimento dos empresários, a quem consideram os ‘criadores de emprego’.
O desemprego, situado segundo os últimos dados em 9,1%, é a principal preocupação dos americanos, de acordo com todas as pesquisas. EFE