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OAB vai ao STF para tornar obrigatória a compra de vacina pelo governo

Governo federal encara vacinação 'mais como um problema do que uma solução', diz presidente da entidade, Felipe Santa Cruz

Por Da Redação Atualizado em 25 mar 2021, 18h22 - Publicado em 20 mar 2021, 15h42

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recorreu na sexta-feira 19 ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar que o presidente Jair Bolsonaro compre doses de vacinas contra a Covid-19 em uma quantidade suficiente para garantir a imunização em massa “e de forma urgente” da população.

Na ação, o presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, afirma que o governo federal encara a vacinação “mais como um problema do que uma solução”, levando a atrasos das campanhas de imunização e aumento do risco do surgimento de novas variantes no país.

“Em inúmeros episódios, aqueles que deveriam ser responsáveis por gerir as crises se valeram de seus discursos e cargos para deslegitimar a vacinação, discriminando os imunizantes de determinados países e fazendo terrorismo sobre os possíveis efeitos da vacina na saúde da população”, diz Santa Cruz. “O que temos vivenciado no país é uma violação sem precedentes do direito à vida e à saúde.”

O documento também destaca que a postura do governo federal no combate à pandemia “tem sido descrita por especialistas da saúde e pela mídia, dentro e fora do país, como um dos fatores que contribuíram para a conjuntura calamitosa atual”.

Nos últimos dados disponibilizados, o Ministério da Saúde registrou 90.570 novos casos e 2.815 novas mortes nesta sexta-feira 19. No total, são 11.871.390 casos e 290.314 óbitos confirmados em todo o território nacional.

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A ação pede que o Estado seja obrigado a adquirir doses em “quantidade suficiente e necessária” para garantir a imunização em massa da população de forma urgente e no menor prazo possível, “destinando recursos federais suficientes para tanto, em atenção ao direito à vida, à saúde e ao principio da eficiência administrativa”.

Na última sexta-feira 19, a Pfizer e a Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, confirmaram que assinaram contratos para vender doses de vacinas contra a Covid-19 para o Ministério da Saúde. O combinado é que até o fim do terceiro trimestre de 2021, a Pfizer fornecerá 100 milhões de doses, e a Janssen 38 milhões até o fim do ano.

No mesmo dia, o Brasil chegou à media de 5,4% pessoas vacinadas com ao menos uma dose de imunizantes. Ao todo, 15,4 milhões de doses já foram administradas no Brasil. Dessas, 11,3 milhões foram da primeira dose.

O programa de vacinação, porém, terá um importante avanço no próximo mês de abril, para quando está prevista a entrega de cerca de 50 milhões de doses, se for cumprido o cronograma previsto pelo Ministério da Saúde e pelas produtoras de vacinas. Porém ainda faltam avanços para que a quantidade plena disponibilizada possa chegar aos braços dos brasileiros. Isso porque parte desses imunizantes: como a Covaxin — do laboratório indiano Bharat Biotech — ainda não foram avalizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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