Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

OAB e ONGs criticam lei que dá presente bilionário às teles

Ordem dos Advogados do Brasil e a Coalização Direitos na Rede pedem mais debates antes da sanção de lei que pode dar presente bilionário às operadoras

Por Felipe Frazão Atualizado em 21 dez 2016, 18h58 - Publicado em 21 dez 2016, 17h55
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Coalização Direitos na Rede criticaram nesta quarta-feira o PLC 79/2016, que altera a Lei Geral de Telecomunicações e contém uma série de benefícios às operadoras de telefonia no país, como a transferência em definitivo para as empresas de bens estimados entre 20 bilhões de reais e 100 bilhões de reais, e a possibilidade de se renovar sem limites as atuais licenças de operação. Senadores de oposição acionaram o Supremo Tribunal Federal para que o projeto de lei seja votado novamente, desta vez no plenário da Casa, enquanto a cúpula do Senado prepara o envio do texto final para sanção do presidente Michel Temer. A OAB não descarta ingressar com uma ação própria no Judiciário.

    Publicidade

    Em paralelo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tenta assinar acordos com as teles para transformar outros cerca de 20 bilhões de reais em multas em dinheiro a ser investido pelas companhias nas ruas próprias redes, uma espécie de perdão em troca da melhoria do serviço.

    Publicidade

    “Neste momento de tensão econômica que fragiliza a economia popular, gera desemprego e angustia a população, esperamos contar com a razoabilidade do governo para que não seja sancionado o projeto de perdão às dívidas bilionárias das companhias de telecomunicações com a União”, afirma em nota o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia. “Dias após o Congresso aprovar uma proposta orçamentária com déficit de 139 bilhões de reais, não é possível abrir mão de valores que, segundo denunciado pela imprensa e já constatado pelo TCU, pode chegar à casa dos 100 bilhões de reais. No momento em que o governo pede esforço econômico para toda a sociedade, não é possível abrir mão de recursos em favor das empresas de telecomunicações. Sobretudo sem o devido debate diante de tão delicado quadro político e econômico.”

    Contrária às mudanças legais, a Coalização Direitos na Rede, que pressionou os parlamentares em prol dos recursos, repudiou em nota a canetada da Mesa Diretora do Senado, que decidiu não reconhecer os recursos apresentados na última sexta-feira pelos senadores, sob alegação de que o prazo havia expirado. O recurso foi protocolado às 19h59, conforme o registro carimbado, ou seja, um minuto antes do fim dos trabalhos administrativos, conforme orientação de funcionários da Mesa Diretora. A reportagem de VEJA também foi informada, por telefone, de que o prazo se encerraria às 20h. Mas a cúpula do Senado passou a dizer na segunda-feira que o horário limite era 18h30.

    Publicidade

    “A negação do direito de recurso dos senadores afeta não só os membros do Legislativo, mas todos os usuários dos serviços de telecomunicações. É direito da população brasileira aprofundar as discussões sobre projeto 79/2016 e suas consequências para o uso da infraestrutura de telecomunicações do país e para as políticas de universalização de serviços essenciais como o acesso à internet no Brasil”, diz a nota das ONGs.

    O governo federal, a Anatel e o Sinditelebrasil, entidade representante das operadoras, afirmam que as mudanças na Lei Geral de Telecomunicações vão permitir maior segurança jurídica, uma competição mais justa entre as empresas e a retomada dos investimentos no setor.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.