Até recentemente o principal aliado do governo Dilma Rousseff, o PMDB embarca, de vez, no apoio ao impeachment da petista. A bancada vai se reunir nesta quinta-feira para confirmar o posicionamento da maioria favorável ao processo por crime de responsabilidade, fazendo com que o líder Leonardo Picciani (RJ) suba à tribuna no domingo, durante a votação, anunciando essa posição partidária, embora ele seja pessoalmente contrário. Até nos cálculos dos últimos aliados, o cenário não é nada otimista: apenas dez peemedebistas devem apoiar Dilma em plenário, entre eles os três ministros (Celso Pansera, Marcelo Castro e Mauro Lopes) que vão abandonar o posto para voltar à Câmara. A debandada cada vez maior no PMDB, conforme os apoiadores da petista, foi puxada pelas posições do PP e do PSD, que anunciaram voto maciço contra a presidente. Uma reviravolta? “Só se o governo mostrar musculatura e que tem voto”, avalia um peemedebista. No cenário atual, uma perspectiva um tanto improvável. (Marcela Mattos, de Brasília)