Brasília – O jornal O Estado de S.Paulo venceu na noite de sexta-feira a primeira versão do prêmio José Hamilton de Ribeiro de Jornalismo. O caderno especial Guerras Desconhecidas do Brasil, que descreve revoltas populares ocorridas ao longo do século 20, obteve o primeiro lugar na categoria jornalismo impresso.
A comissão julgadora foi presidida pelo próprio José Hamilton Ribeiro, de 75 anos, um dos mais premiados repórteres brasileiros. O prêmio foi criado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pela Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) para estimular a produção de reportagem investigativa clássica, gênero em que Ribeiro se destacou em 52 anos de carreira.
Presente à cerimônia de premiação, no Teatro do Sesc, em São José do Rio Preto, José Hamilton Ribeiro, atualmente editor e repórter especial da TV Globo, disse que estava “faceiro” e “feliz” por emprestar o nome ao novo prêmio. Foram analisadas reportagens de 15 Estados brasileiros, de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e Portugal.
Além do caderno do jornal O Estado de S. Paulo, estavam na fase final do prêmio trabalhos publicados pelos jornais Zero Hora, de Porto Alegre, e Correio da Bahia, de Salvador. Em outras categorias venceram reportagens de TV e rádio da SIC (Portugal), Globo, Record e Grupo RBS.
Com textos de Leonencio Nossa e fotografias de Celso Junior, o caderno Guerras desconhecidas do Brasil já havia recebido, nas últimas semanas, dois prêmios internacionais. Os participantes do Congresso de Jornalismo Investigativo, organizado pelo Instituto Prensa e Sociedad (IPYS), em Guayaquil, consideraram o trabalho a melhor investigação da América Latina. Já a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), concedeu o prêmio Excelência Jornalística na categoria jornalismo em profundidade, por avaliar que o caderno é “uma das melhores investigações da década” e “extrapola os critérios de excelência jornalística”.