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‘Nunca um governo dispensou tanta atenção aos indígenas’, diz Bolsonaro

Após situação de emergência sanitária em terras ianomâmis, ex-presidente usou redes sociais para tentar se descolar da crise

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 jan 2023, 22h25 - Publicado em 28 jan 2023, 22h16

Diante da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, alvo recente de uma declaração de emergência de saúde pública por parte do governo Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou neste sábado, 28, se descolar da situação de absoluto descaso do governo federal em relação à população indígena e usou as redes sociais para afirmar que “nunca um governo dispensou tanta atenção e meios aos indígenas como Jair Bolsonaro”. A declaração ocorre após imagens de ianomâmis com quadros de desnutrição severa terem corrido o mundo e escancarado os efeitos da presença recorde de garimpeiros em índices de mortes de crianças, contaminações por malária e subnutrição. O ex-mandatário não teceu maiores considerações sobre o pandemônio sanitário, e se limitou a publicar o relatório final da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que, em 2008, investigou situações de subnutrição entre crianças indígenas, insinuando que os problemas decorrem de anos.

Conforme mostra a edição de VEJA que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, pelo menos desde 2019 entidades alertavam o governo federal sobre a situação dos ianomâmis. Sucessivos avisos de organizações não-governamentais e mesmo decisões judiciais foram ignoradas. Na quarta-feira a Polícia Federal abriu inquérito para apurar a prática de crime de genocídio contra os indígenas. A investigação do caso também estará centrada em suspeitas de omissão de socorro, desvio de medicamentos e de vacinas durante a pandemia e crimes ambientais.

No ano passado, o Ministério Público identificou um esquema de corrupção que desviou pelo menos 3 milhões de reais em medicamentos destinados aos ianomâmis. Há suspeitas de participação de funcionários do Ministério da Saúde. Em paralelo, órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) analisam se o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e a ex-chefe da pasta de Direitos Humanos Damares Alves também podem ser responsabilizados. Os dois, ao lado dos ex-presidentes da Funai (Fundação Nacional do Índio) Franklimberg Ribeiro de Freitas e Marcelo Augusto Xavier da Silva, são alvos de um pedido do PT para serem investigados criminalmente.

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