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Número de furtos sobe 35% nos aeroportos de São Paulo

A maior parte dos presos no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, neste ano, era da América Latina. Eles escolhem o Brasil para cometer o crime por ter penas mais brandas

Por Da Redação
3 jun 2012, 09h10

“Eu prendo furtando no aeroporto e sou obrigado a aplicar fiança. Muitos dizem: ‘Venho para cá porque faço 30 furtos, sou preso e vou embora. Na minha terra, ficaria preso'”, afirma o delegado Osvaldo Nico Gonçalves

A cena é sempre a mesma. Distraído, o passageiro faz uma parada para comer ou sacar dinheiro no aeroporto. Quando olha para a bagagem, ela desapareceu. Sorrateiros, os criminosos, versão moderna dos antigos punguistas, só são vistos pelas vítimas mais tarde, nos vídeos do circuito de segurança. Nos Aeroportos de Cumbica e Congonhas, na capital paulista, e Viracopos, em Campinas (interior de SP), os furtos subiram 35% nos primeiros quatro meses deste ano. A Polícia Civil afirma que quadrilhas de estrangeiros são responsáveis pelo aumento.

Dos 27 presos neste ano no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, 15 eram estrangeiros, a maioria latino-americana e reincidente. Foi o caso do colombiano Gerardo Paja Reyes, de 41 anos, deficiente físico preso em março pela Polícia Civil. As câmeras flagraram Reyes e o comparsa furtando cosméticos de grife em uma loja e escondendo os produtos na roupa. No currículo criminal, Reyes responde a pelo menos mais dois processos por furto.

Além da grande quantidade de pessoas portando objetos de valor, a polícia afirma que os ladrões vêm para o Brasil fugindo de leis mais duras em seus países. “Eu prendo furtando no aeroporto e sou obrigado a aplicar fiança. Muitos dizem: ‘Venho para cá porque faço 30 furtos, sou preso e vou embora. Na minha terra, ficaria preso'”, afirma o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, divisionário do departamento responsável pelos portos e aeroportos (Dird).

Os criminosos geralmente agem em dupla, nos horários de pico dos aeroportos: das 5h às 10h e das 18h às 23h. Para se passar por passageiros, eles usam roupas caras, malas ou mochilas e andam muitas vezes com o passaporte na mão. Levantamento feito pela Polícia Civil mostra que áreas próximas de caixas eletrônicos, praças de alimentação e máquinas de autoatendimento de check-in são os lugares prediletos dos bandidos. Mas alguns vêm de avião e já começam a atacar no free shop.

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Em fevereiro, seis funcionários de Cumbica responsáveis pelo carregamento das malas entre a aeronave e a esteira foram presos sob acusação de furto. O esquema do grupo consistia em desviar, para a área doméstica, onde há pouca revista, malas que deveriam seguir para o desembarque internacional. De lá, um integrante saía com a bagagem como se fosse passageiro.

Empresas – Ainda em fevereiro, uma passageira da American Airlines teve sua mochila furtada ao buscar informações sobre bagagens que tinham sido extraviadas. A companhia, que não comentou o caso por não ter sido comunicada da ação, disse apenas que a bagagem de mão não é registrada e, portanto, não fica sob sua responsabilidade.

A Gol informa que orienta o passageiro a levar objetos de valor na bagagem de mão e a conferir a identificação e a condição das malas ao deixar o desembarque. Já a TAM disse que investe em treinamento da equipe responsável pelas malas, com inspeção de detector de metais de seus pertences nas trocas de turno.

(Com Agência Estado)

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