A Defesa Civil de Minas Gerais atualizou no fim da manhã desta terça-feira, 29. O órgão informou que são 65 mortes confirmadas e 288 pessoas desaparecidas (eram 279 no final da noite desta segunda-feira, 28). O número de pessoas localizadas também subiu de 386 para 390 pessoas.
Nesta segunda-feira, 28, os trabalhos ficaram concentrados na área onde foi encontrado um ônibus. O resgate tem um grau de dificuldade maior, segundo a Defesa Civil, por causa da quantidade e da movimentação da lama. Os trabalhos devem ser encerrados às 22h e retomados às 4h de terça-feira.
Com a ajuda de helicópteros, é provável que o número de mortos aumente na próxima atualização, no final da terça-feira, já que foi localizado, por meio dos mobiliários, o refeitório da Vale, onde havia uma concentração de funcionários no momento do rompimento.
Também nesta segunda-feira, a Vale anunciou quatro medidas para amenizar os impactos da tragédia, incluindo o repasse de 100 000 reais para cada família dos mortos. Também serão contratados profissionais do Hospital Albert Einstein para o atendimento psicológico dos atingidos pela tragédia.
Outra medida anunciada foi a implementação de uma cortina de contenção no rio Paraopeba – bastante atingido pela lama que vazou da barragem – para garantir a captação de água no município de Pará de Minas, em Minas Gerais. A companhia também informou que vai manter o pagamento de impostos para Brumadinho.
Drones
O Corpo de Bombeiros alertou a população para que não utilize drones na região. “Hoje, aeronaves tiveram que fazer manobras de emergência para evitar acidentes. Isso coloca em risco a vida das pessoas e o funcionamento da operação”, afirmou o tenente Pedro Aihara, porta voz dos bombeiros mineiros.
Outro pedido é que as pessoas não se aventurem para tentar ajudar no resgate. Nesta segunda-feira, a operação de uma das aeronaves foi interrompida para que ela pudesse resgatar uma pessoa com lesão no rosto que estava sozinha tentando encontrar desaparecidos.
Israel
As equipes de Israel estão no local do acidente mas ainda estão realizando estudos para adaptar os equipamentos que estão acostumados a trabalhar em condições com topografia estabelecida e superfície lisa, o que não é o caso. Por causa da lama o solo está muito irregular. Segundo o Corpo de Bombeiros os equipamentos oferecem ‘recursos positivos’.