Um homem foi encontrado morto por enforcamento, nesta sexta-feira, dentro da carceragem da 35ª DP (Campo Grande), no Rio de Janeiro. Coincidentemente, o nome da vítima é Amarildo Carlos Moreira de Aguiar, de 51 anos – o mesmo do pedreiro desaparecido na Rocinha desde o dia 14 de julho, quando foi levado à sede da Unidade de Polícia Pacificadora da favela. A história dos Amarildos, é bem diferente. O de Campo Grande foi preso na quinta-feira suspeito de ter estuprado os enteados. O caso veio à tona quando policiais, atendendo outra ocorrência no bairro, foram abordados por uma menina de 8 anos, acompanhada de vizinhos, que contou ser abusada sexualmente pelo padrasto. A menina afirmou que, além dela, os oito irmãos também sofriam esse tipo de abuso.
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Em relatos feitos à polícia, vizinhos disseram que a mãe sabia dos estupros e nada fazia para impedir a agressão. Os irmãos fizeram exame de corpo de delito para comprovar o crime, o que levou à prisão temporária do padrasto e da mãe, Maria Alice da Silva, de 46 anos. A polícia abriu inquérito para investigar as denúncias.
A delegada Tatiene Damaris diz, em nota, que Amarildo foi levado para a cela, onde ficou sozinho até a manhã de sexta-feira. Os policiais, ainda de acordo com Tatiene, encontraram Amarildo morto, enforcado por uma corda feita com a bermuda que estava usando. Uma perícia foi feita no local, e o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal. A Corregedoria Interna da Polícia Civil investiga se Amaraildo se suicidou ou se foi assassinado.
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