No primeiro programa do horário eleitoral gratuito na televisão, os candidatos ao governo do Rio de Janeiro esconderam nesta quarta-feira a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) e o presidenciável Aécio Neves (PSDB). Dilma é apoiada pelos quatro principais candidatos: Lindbergh Farias (PT), Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB) e Luiz Fernando Pezão (PMDB). Mas nenhum deles se esforça por ela. Aécio é apoiado pelo PMDB fluminense, coligado formalmente com o PSDB na chapa majoritária, mas também não foi lembrado.
Como previsto, nem o petista Lindbergh trouxe imagem ou declaração sobre Dilma. Expoente do movimento “volta, Lula”, o senador explorou apenas o depoimento do ex-presidente. Mas, coligado com o PSB no Rio, Lindbergh também homenageou Eduardo Campos, morto na semana passada em acidente aéreo.
Tanto o candidato petista quando o peemedebista apostaram em cenas gravadas com a família. O bispo Crivella, da Igreja Universal, tentou renovar a imagem: deixou de mencionar a religião.
Pezão priorizou menções à sua gestão como prefeito de Piraí em detrimento de realizações na gestão do PMDB no governo. Mas reabilitou o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), com a exibição de um depoimento gravado no programa eleitoral. Cabral deixou o governo com elevada rejeição, desistiu de uma candidatura ao Senado e sumiu de atos de campanha com o candidato peemedebista.
Garotinho escondeu o passado recente: simplesmente omitiu do programa a administração de sua mulher, Rosinha Garotinho (2003-2006).
Leia também:
Pezão dribla promessas feitas por Cabral: ‘Não quero me comprometer com metas’
Pezão e candidatos gastaram R$ 1,8 milhão com empresa suspeita de desvio
No Rio, todos são Dilma. Mas ninguém está com Dilma