Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Museu Nacional recebe a doação de mais de mil fósseis de colecionador

Acervo contribui para processo de reconstrução do acervo da instituição após incêndio de 2018

Por Lucas Mathias Atualizado em 8 Maio 2024, 13h54 - Publicado em 7 Maio 2024, 15h22

Em missão de reconstrução desde o incêndio que destruiu suas dependências em 2018, o Museu Nacional ganhou um presente para seu acervo nesta semana: a doação de 1104 fósseis, que pertenciam ao colecionador de origem suíço-alemã Burkhard Pohl. Encontrado nas formações Crato e Romualdo, localizadas no Nordeste brasileiro, o material paleontológico volta ao país após intermediação da mecenas e ativista cultural Frances Reynolds, uma argentina radicada no Brasil que há dois anos contribui para a renovação das peças do centro histórico e cultural no Rio de Janeiro. 

Nascido em uma família com histórico artístico e cultural, Burkhard Pohl, hoje com 67 anos, desde muito novo coleciona fósseis, e tem em seu acervo peças variadas também de países da Europa e dos Estados Unidos. Ele é dono de uma das mais substanciais coleções privadas de fósseis do mundo — não à toa criou dois museus de história natural: o Centro de Dinossauros de Wyoming, nos EUA, e o Museu Paleontológico Sino-Alemão, em Liaoning, na China.  

Na lista dos fósseis doados, como explica o diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner, estão “tartarugas, crocodilomorfos, plantas, insetos, pterossauros e até dinossauros que vão enriquecer as novas exposições”. Além disso, o material já tem sido utilizado por estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro para pesquisas. O acervo é originário da Bacia do Araripe, região localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, e data de mais de 100 milhões de anos. 

A mecenas e ativista cultural Frances Reynolds, reponsável por intermediar a doação de mais de mil fósseis ao Museu Nacional
A mecenas e ativista cultural Frances Reynolds, reponsável por intermediar a doação de mais de mil fósseis ao Museu Nacional (Diogo Vasconcellos/Divulgação)

Responsável pelo convencimento de Pohl para que fizesse as doações, Frances Reynolds conta que fez mais de 10 visitas a ele, algumas delas acompanhada por Kellner e outros paleontólogos brasileiros. “Me pediram ajuda por causa dos meus contatos fora do país. Amo o Brasil, moro aqui desde 1990 e tenho dois filhos brasileiros. Temos conversado com governos e coleções privadas, e pedi a Pohl apenas que nos doasse fósseis. Depois de dois anos, ele decidiu doar essa coleção”, conta a argentina. 

Seis anos depois e ainda em processo de reconstrução de seu acervo, o Museu Nacional tem investido justamente na influência e na boa vontade de artistas e pessoas que transitam no meio, de modo conseguir mais doações, com orçamento limitado. “O Museu tem uma responsabilidade gigante, e sempre converso, digo que todos temos que ajudar. Senão com doações, com conversas, com nossos contatos”, completa Reynolds.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.