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MP denuncia ex-líder comunitário da Rocinha por venda de arma

William de Oliveira, flagrado em vídeo com o traficante Nem, é acusado de associação para o tráfico, compra e venda ilegal de arma de fogo de uso restrito. Para promotor, ele era "braço político" do traficante

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 11h31 - Publicado em 6 dez 2011, 16h14

O ex-líder comunitário da Rocinha, William de Oliveira, flagrado em um vídeo em que recebe dinheiro das mãos do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio nesta terça-feira, por associação para o tráfico de drogas e compra e venda ilegal de arma de fogo de uso restrito. O MP também requereu o pedido de Prisão Preventiva de William, de Nem e do servidor público exonerado e Alexandre Leopoldino Pereira da Silva, conhecido como Perninha.

Os três estão presos no momento. Nem, desde que foi capturado tentando fugir da Rocinha. William foi preso em casa, na última sexta-feira. Perninha apresentou-se no sábado. William e Perninha, que eram, respectivamente, servidores da Câmara Municipal do Rio e da Casa Civil do governo do estado, foram exonerados.

O vídeo divulgado pela polícia:

William e Alexandre estão em prisão temporária, e, poderão ficar um período bem mais longo na cadeia caso a 38ª Vara Criminal da Capital venha a expedir o mandado de prisão preventiva. Nem já está preso, mas a denúncia gera um novo inquérito, que complica ainda mais a situação do acusado. A prisão preventiva tem a função de evitar que um acusado de crime continue cometendo o delito ou venha a prejudicar as investigações.

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A denúncia oferecida pelo MP tem como base as imagens divulgadas pela Polícia Civil. Os três aparecem reunidos em uma mesa na localidade da Cachopa, na Rocinha. Perninha manipula um fuzil, e Nem entrega, a cada um deles, um maço de dinheiro.

Para o promotor Gustavo Adolfo Dutra de Almeida, que assina a denúncia, ficou claro, no vídeo, que William e Alexandre intermediaram a venda de armamento. De acordo com a denúncia, William e Alexandre associaram-se ao traficante, desempenhando o papel de braço político de Nem, por serem pessoas representativas na comunidade e influentes junto aos moradores. William denunciava publicamente o contrário: dizia que recebia ameaças de Nem e era impedido de fazer política na favela. William foi candidato a deputado estadual em 2010.

A justificativa apresentada pelo ex-líder comunitário para as imagens é, sozinha, uma confissão de crime. William, ao ser apresentado pela Polícia Civil, na sexta-feira passada, disse que Nem estava embriagado e que o teria obrigado a aceitar o dinheiro – que ele devolveu em seguida. O dinheiro seria uma doação para a campanha de William.

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