MP abre inquérito para apurar responsabilidade em incêndio
Entre as vítimas internadas em estado grave estão uma criança e um idoso de 70 anos, que teve 15% do rosto queimado e ferimentos nas mãos
Por Da Redação
8 nov 2013, 19h08
O Ministério Público Estadual de São Paulo instaurou inquérito civil nesta sexta-feira para avaliar a responsabilidade da prefeitura de São Paulo e dos proprietários da rede de academias SmartFit no incêndio ocorrido na madrugada desta sexta-feira, no centro de São Paulo. Quarenta pessoas foram atendidas e nove permanecem hospitalizadas, duas delas em estado grave. O promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo Maurício Antonio Ribeiro Lopes intimou os representantes legais da SmartFit a prestar esclarecimentos sobre o fato de o estabelecimento ter sido aberto sem o alvará que comprova a segurança necessária para evitar incêndios, emitido pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o atestado de vistoria (AVCB) do prédio venceu no dia 4 de março, quando os responsáveis pelo edifício fizeram um novo pedido já incluindo a planta da academia. É necessário fazer uma vistoria para a liberação da documentação. Em julho, os bombeiros fizeram a checagem e apontaram diversas irregularidades, vetando a abertura ao público. A assessoria de imprensa da SmatFit não comentou a irregularidade e informou apenas que o local já havia sido inaugurado. A academia diz que o fogo começou em algum andar superior. O Corpo de Bombeiros afirmou que o incêndio começou em um mezanino construído na academia.
O MP também pediu para a Subprefeitura da Sé apresentar toda a documentação referente aos imóveis atingidos pelo fogo e também mandou as subprefeituras competentes fazer vistorias nas demais 21 filiais da rede na cidade de São Paulo.
Confira o local do incêndio
Prédio comercial localizado na esquina da avenida Ipiranga com a rua do Boticário,
no Centro de São Paulo, pegou fogo na madrugada desta sexta-feira
Vítimas – Entre as vítimas internadas em estado grave estão uma criança e um idoso de 70 anos, que teve 15% do rosto queimado e ferimentos nas mãos.
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No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), estão dois adultos, com quadro estável, e uma criança, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O HC não soube informar a idade nem o sexo do menor. Outros três menores foram encaminhados para a unidade, mas já tiveram alta. A outra vítima ainda internada está no Hospital do Servidor Público Municipal. O quadro de saúde é estável.
Madrugada – O fogo começou por volta da 1 hora na academia que fica no térreo do edifício comercial com 25 andares. O local estava vazio no momento do incêndio e teve parte da estrutura abalada. O fogo se alastrou para o prédio residencial ao lado.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Jair Paca de Lima, o edifício vizinho é ocupado por imigrantes, entre eles chineses e bolivianos, o que dificultou a comunicação e o trabalho de resgate dos moradores.
A Avenida Ipiranga está bloqueada. Trinta linhas de ônibus que passam pela região tiveram itinerário alterado devido à interdição.
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(Com Estadão Conteúdo)
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