Teerã, 1 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, participará da Conferência sobre o Afeganistão que acontecerá nesta quarta-feira em Istambul, para tentar promover a estabilidade nesse país, informou a Agência estatal iraniana ‘Irna’.
‘Participarei da Conferência porque o presidente, Mahmoud Ahmadinejad, me pediu’, disse nesta terça Salehi, que afirmou que o Irã colaborará com os países vizinhos e com a comunidade internacional para promover a paz e a tranquilidade no Afeganistão.
O ministro desejou também que a Conferência de Istambul beneficie o Afeganistão, após décadas de invasões e guerra que destruíram o país.
Na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, disse que espera uma melhora da economia e da segurança no Afeganistão: ‘A estabilidade e a segurança do Afeganistão garantem a estabilidade e a segurança do Irã, e sua instabilidade causaria a instabilidade do Irã’, afirmou.
Mehmanparast lembrou que o Irã chegou a acolher em seu território 3 milhões de afegãos, consequência da insegurança que assola o país vizinho.
Quanto às negociações entre o Governo afegão e o grupo Talibã, Mehmanparast apontou que pretendem estabelecer a paz no país e que o Irã fica feliz com ‘qualquer iniciativa contra o extremismo’, que sirva para acercar a diferentes setores no Afeganistão.
Duas reuniões tratarão, a partir desta quarta-feira, em Istambul, do futuro do Afeganistão, incluindo questões como a segurança do país, sua relação com os estados vizinhos e a transferência de poder às forças de segurança afegãs.
Uma delas é a sexta cúpula Trilateral Turquia-Afeganistão-Paquistão, da qual participarão os chefes de Estado dos três países, seus ministros do Interior e das Relações Exteriores, os chefes dos respectivos serviços de inteligência, altos comandantes militares e representantes econômicos.
Já a Conferência sobre o Afeganistão, da qual participarão ministros e outros altos funcionários de diversos países, tem como objetivo fortalecer a segurança e cooperação regionais, e deve servir para a preparação da Conferência de Bonn, que acontecerá em dezembro. EFE