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Governo gastará R$ 10 mi para enviar mil militares a presídios

Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, número pode aumentar dependendo da necessidade dos estados; Temer discute hoje crise carcerária com governos

Por Rafaela Lara Atualizado em 4 jun 2024, 20h38 - Publicado em 18 jan 2017, 10h57
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  • O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira que o governo disponibilizou mil homens das Forças Armadas para atuar em operações nos presídios, mas que o número pode aumentar dependendo da necessidade dos governos estaduais. O orçamento inicial é de 10 milhões de reais.

    Equipes das Forças Armadas atuarão, segundo o governo, em varreduras nos presídios e não terão contato com os detentos, que deverão ser remanejados pelas polícias estaduais para permitir a atuação dos militares, que ocorrerá “de surpresa” . “A previsão é de mil homens em trinta equipes, que atuarão por demanda, conforme os Estados solicitarem. Portanto, esse número pode crescer”, afirmou.

    A decisão de usar os militares no combate à crise carcerária foi tomada pelo presidente Michel Temer na tarde desta terça. O ministro acredita que os governos da Região Norte, de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul pedirão atuação das Forças Armadas, mas nenhum deles solicitou ajuda até o momento. Na tarde desta quarta, Temer tem reunião com os governadores de Rondônia, Acre, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará e Tocantins.

    A atuação dos militares das Forças Armadas será “pontual e limitada”, de acordo com o ministro. Segundo o governo, os homens estarão prontos para iniciar a primeira operação em oito a dez dias a partir desta quarta. O ministro também destacou que as Forças Armadas não terão terão o objetivo de combater facções criminosas.

    “As Forças Armadas não vão enfrentar essas facções. Isso é tarefa das policias e assim continuará. Os homens das Forças Armadas estarão nesses locais para ‘limpar’ as celas de armas, porém será dever dos Estados manter as celas sem armas”, afirmou.

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    Fases

    De acordo com Jungmann, o trabalho dos militares será dividido por fases e, após a solicitação dos governadores, haverá atendimento prioritário aos Estados que apresentarem mais riscos. Haverá também um estudo detalhado das instalações prisionais a ser vistoriadas, além do treinamento e acompanhamento das equipes locais para que novas armas não sejam encontradas.

    Segundo o ministro, as Forças Armadas têm total capacidade para atuar nas revistas. “Lembrem-se da Olimpíada. As Forças Armadas, em termos de especialização, está no mesmo nível de qualquer outra força que exista mundo afora para atuar nas varreduras. As nossas três Forças Armadas têm treinamento e capacitação na área de direitos humanos.”, disse Jungmann.

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