MG: tremores foram registrados antes de rompimento de barragens
Dois abalos sísmicos de baixo impacto foram sentidos pouco antes de tragédia. Outros dois foram detectados depois. Ligação com a tragédia ainda não é clara
Por Nicole Fusco
6 nov 2015, 11h06
O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) registraram quatro abalos sísmicos na região do município mineiro de Mariana, onde duas barragens da mineradora Samarco se romperam na quinta-feira. Dois dos tremores foram registrados antes da tragédia.
De acordo com os dados da Rede Sismográfica Brasileira, o primeiro abalo se deu em Catas Altas, às 14h12 desta quinta-feira, e teve magnitude de 2,4 na escala Richter – considerado de baixo impacto. Um minuto depois, veio o mais alto tremor, de magnitude de 2,55, desta vez em Ouro Preto. As barragens se romperam por volta das 15h45. Os outros dois abalos vieram às 15h56, em Ouro Preto, e às 15h59, em Barão de Cocais. As magnitudes foram de 2,01 e 2,22, respectivamente.
Em nota, o Centro de Sismologia da USP informou que as magnitudes são “bem pequenas” e que, por isso “ainda não é possível estabelecer uma relação entre os sismos e o rompimento da barragem”. No fim da tarde, a universidade vai divulgar um relatório sobre esse caso.
De acordo com o sismólogo do Centro de Sismologia da USP Bruno Collaço, sismos de magnitude entre 2,0 e 3,0 são sentidos todos os dias em várias regiões do país e, por isso, não é possível estabelecer uma relação com a tragédia de Minas Gerais. O evento desta quinta, no entanto, intrigou os estudiosos do Centro, segundo ele, “principalmente pela magnitude ser tão baixa”. “Um tremor de 2,6 não seria capaz de causar essa destruição, mas quatro eventos no mesmo dia, todos bem próximos da região das barragens, é no mínimo uma coincidência muito grande”, disse ao site de VEJA. “Para causar uma tragédia desse nível, depende muito do tipo das construções, do que tem ao redor. Um abalo de 4,0 na escala Richter pode causar alguma destruição em casas mais pobres”, explicou.
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