Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mercadante: governo ofereceu o máximo aos professores

Por Da Redação
17 jul 2012, 20h20

Por AE

Brasília – Diante da insatisfação de sindicatos com a proposta de reajuste salarial e reestruturação da carreira apresentada na última sexta-feira pelo governo, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira que “não há margem fiscal para ir além”. Pressionado, o Palácio do Planalto aceitou reduzir de 17 para 13 os níveis de carreira e se comprometeu a reservar R$ 3,9 bilhões para os aumentos salariais, que deverão ser concedidos de forma gradual até 2015 – mesmo assim, professores criticam a proposta.

“Não há margem fiscal para ir além. Os professores têm de entender o momento pelo qual o país passa e que outros servidores não tiveram aumento”, afirmou o ministro, após participar de reunião em Brasília com reitores de universidades que aderiram à greve. “O governo tem priorizado enfrentar a crise e preservar o emprego de quem não tem estabilidade”.

Segundo Mercadante, os reitores pediram antecipação dos reajustes, previstos para vigorar a partir de 2013. “Não tenho, da área econômica, resposta sobre antecipação dos salários”, disse. A paralisação atinge 56 das 59 universidades federais e 34 institutos federais, 2 Centros de Educação Tecnológica (Cefets) e o Colégio Federal Pedro II, no Rio de Janeiro.

Continua após a publicidade

Na última sexta-feira, durante a apresentação da proposta, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, criticou o movimento grevista, que considerou precipitado. “Houve precipitação da universidades e escolas técnicas de deflagrar a greve em maio. O momento de negociação é exatamente esse de julho para agosto, onde é possível o governo fazer todas as suas contas e de maneira responsável estabelecer o que é possível”, afirmou a ministra.

São Paulo

Professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) decidiram nesta terça-feira, em assembleia geral, que vão continuar em greve por tempo indeterminado.

Continua após a publicidade

Eles estão paralisados desde o dia 31 de maio e pedem, além de reajuste salarial, mudanças na carreira docente – num movimento composto por professores de 56 das 59 universidades federais.

A Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp) rejeitou a proposta anunciada pelo governo na sexta-feira passada, que prevê a redução dos níveis de carreira de 17 para 13 – como forma de incentivar o avanço rápido e a busca por títulos – e reajustes de 16% a até 45% num período de três anos.

De acordo com a presidente da Adunifesp, Virgínia Junqueira, os reajustes salariais propostos foram calculados com base em salários de fevereiro, que não incluem o reajuste de 4% dado pelo próprio governo em março. Além disso, segundo ela, não haveria um aumento real dos salários, se levada em conta a inflação. “No final dos três anos, ganharemos menos que agora, salvo a classe de professores titulares”, afirma.

Continua após a publicidade

Durante esta semana, novas assembleias estão programadas em vários câmpus das federais, para cada sindicato discutir seu posicionamento. A próxima reunião entre o comando de greve e o governo está marcada para segunda-feira, dia 23, quando serão apresentados ao Ministério do Planejamento o resultado das assembleias.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.