Cerca 150 motocilistas fecharam na tarde desta quinta-feira a pista expressa da Marginal Pinheiros, no sentido Interlagos, na altura da ponte Eusébio Matoso, na zona oeste de São Paulo, para protestar contra a regulamentação da profissão de motofretista que começa a valer neste sábado.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a manifestação começou por volta das 17h15 na via. Mais cedo, por volta das 16h10, os motociclistas bloquearam a avenida Paulista com a alameda Campinas, no sentido Consolação, no centro de São Paulo.
Ainda de acordo com a CET, por voltas das 17h40, havia 7,4 quilômetros de lentidão no local, desde a rodovia Castelo Branco até a ponte Eusébio Matoso. No mesmo horário, a capital paulista tinha 91 quilômetros de filas.
De acordo com as novas determinações do Detran, os motofretistas terão que fazer um curso obrigatório para continuar a exercer suas funções.
Segundo o Detran, os motoboys terão que fazer um curso de 30 horas-aula para o transporte de mercadorias. Para se inscrever, o candidato precisa ter 21 anos completos, ser habilitado há 2 anos, no mínimo, na categoria A. Além disso, o motociclista não pode estra cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada devido a crime de trânsito
Também serão exigidos equipamentos como o protetor de perna e motor, conhecido como mata-cachorro, e colete com faixas refletivas, segundo a resolução 356 do Contran. A multa para quem descumprir as regras é de até R$ 191,54, além da apreensão da motocicleta e a suspensão da CNH, dependendo das infrações. A vigência da lei já foi prorrogada duas vezes, para dar tempo de adequação à categoria.